O PAPAGAIO ESPERTO
UMA FÁBULA
Um notório ladrão andou observando uma residência por vários dias, esperando pelo momento em que seus proprietários se ausentassem para invadi-la e limpá-la de todos os pertences de valor. E um dia a coisa aconteceu. A família saiu para viajar. Então o ladrão resolveu aproveitar a oportunidade. Esperou a calada da noite e com um pé de cabra forçou a porta dos fundos e entrou. Mas foi só acender a lanterna para ouvir uma voz esganiçada que vinha da cozinha: “te peguei malandro!”. Imediatamente o gatuno fugiu. Já estava quase saltando o muro da casa, quando parou e pensou. “Mas eu conheço todos que moram nessa casa e vi todo mundo saindo. E não vi ninguém entrar nela depois disso. Tem coisa estranha aí. Ah! já sei, talvez aquilo seja uma gravação acionada por estimulo luminoso. Foi a luz da lanterna que a acionou. Aquela voz não parecia ser de gente. Não deve ter ninguém em casa.”
Pensando assim, voltou e foi diretamente à cozinha. Ao começar a girar sua lanterna pelos cantos do cômodo ouviu novamente a voz: “Te peguei, malandro!”. Ao focar um dos cantos descobriu: era um papagaio. “Então era você, heim seu papagaio safado? Pois vou depená-lo inteirinho e depois colocá-lo num espeto para assar”, disse o ladrão.
“Pelo amor de Deus, não faça isso” disse o papagaio. “Não some o assassinato ao roubo, pois tornará o seu crime ainda maior.”
“Vocês, papagaios, são todos malandros e mentirosos”, disse o ladrão. “Mas eu sou compreensivo. Diga-me três verdades que eu não possa contestar e eu pouparei a sua vida”.
Então o papagaio disse: Eis as minhas três verdades:
1º: Eu gostaria muito que você não tivesse entrado aqui;
2º Mas já que você entrou, gostaria que você fosse cego e surdo para não ter me visto nem escutado;
3º Mas já que você entrou, me viu e me escutou, então eu gostaria que você saísse imediatamente e que a polícia estivesse esperando por você lá fora.”
O ladrão começou a rir. “Eis aí três verdades que eu não posso contestar”, disse ele. “Não duvido nem um pouco que você esteja desejando tudo isso.”
Rindo, e em honra ao papagaio esperto, o ladrão deixou a residência sem levar nada.
Moral da história: A verdade não deve nos ofender nem humilhar, nem quando ela é dita pelos nossos piores inimigos.
UMA FÁBULA
Um notório ladrão andou observando uma residência por vários dias, esperando pelo momento em que seus proprietários se ausentassem para invadi-la e limpá-la de todos os pertences de valor. E um dia a coisa aconteceu. A família saiu para viajar. Então o ladrão resolveu aproveitar a oportunidade. Esperou a calada da noite e com um pé de cabra forçou a porta dos fundos e entrou. Mas foi só acender a lanterna para ouvir uma voz esganiçada que vinha da cozinha: “te peguei malandro!”. Imediatamente o gatuno fugiu. Já estava quase saltando o muro da casa, quando parou e pensou. “Mas eu conheço todos que moram nessa casa e vi todo mundo saindo. E não vi ninguém entrar nela depois disso. Tem coisa estranha aí. Ah! já sei, talvez aquilo seja uma gravação acionada por estimulo luminoso. Foi a luz da lanterna que a acionou. Aquela voz não parecia ser de gente. Não deve ter ninguém em casa.”
Pensando assim, voltou e foi diretamente à cozinha. Ao começar a girar sua lanterna pelos cantos do cômodo ouviu novamente a voz: “Te peguei, malandro!”. Ao focar um dos cantos descobriu: era um papagaio. “Então era você, heim seu papagaio safado? Pois vou depená-lo inteirinho e depois colocá-lo num espeto para assar”, disse o ladrão.
“Pelo amor de Deus, não faça isso” disse o papagaio. “Não some o assassinato ao roubo, pois tornará o seu crime ainda maior.”
“Vocês, papagaios, são todos malandros e mentirosos”, disse o ladrão. “Mas eu sou compreensivo. Diga-me três verdades que eu não possa contestar e eu pouparei a sua vida”.
Então o papagaio disse: Eis as minhas três verdades:
1º: Eu gostaria muito que você não tivesse entrado aqui;
2º Mas já que você entrou, gostaria que você fosse cego e surdo para não ter me visto nem escutado;
3º Mas já que você entrou, me viu e me escutou, então eu gostaria que você saísse imediatamente e que a polícia estivesse esperando por você lá fora.”
O ladrão começou a rir. “Eis aí três verdades que eu não posso contestar”, disse ele. “Não duvido nem um pouco que você esteja desejando tudo isso.”
Rindo, e em honra ao papagaio esperto, o ladrão deixou a residência sem levar nada.
Moral da história: A verdade não deve nos ofender nem humilhar, nem quando ela é dita pelos nossos piores inimigos.