Era um coelho bem metido,
desligado, “nariz em pé”,
estava sempre de passagem
de nenhum bicho dava fé.
Certa vez aconteceu
uma coisa esquisita,
o coelho muito educado
para o esquilo fez uma visita.
Os animais admirados,
não entenderam mais essa,
o coelho de bate papo
pelas moitas da floresta.
Outro fato muito estranho,
deixou o papagaio pasmado,
o coelho fazendo cooper
com a tartaruga do lado.
“Deve ter ficado velho”
a maritaca dizia.
A coruja então comenta
“deve estar com anemia”.
“Ele está aprontando alguma”
disse o vaga-lume a mariposa,
quando viu o coelho passar
abraçado com a raposa.
Os dias foram passando
e o coelho era só alegria,
virou servente do João de Barro
e com o gambá sempre bebia.
Prometeu para os bichos
um tanto de besteiras:
operação plástica para o sapo,
para o pica-pau, furadeira.
As mudanças do coelho
ninguém conseguia entender,
até que um belo dia
descobriram o porquê.
Com dizeres bem enormes
um cartaz apareceu:
“Para prefeito da mata
Vote no coelho
Um grande amigo seu”
O coelho oportunista