O sabiá da janela

O sabiá que olhava da janela, e via de lá.

Um homem, que de cima de uma árvore.

Se Prontificava a cantar

O sabiá ficava com o olhar fixo no homem

Como se o olho pudesse decifrar

E o homem se sentido vigiado

Pela suspeita da ameaça bateu asas e começou a voar

O sabiá que olhava da janela

Tinha inveja do homem, pois este podia voar.

Era dono dos céus e o horizonte podia alcançar.

E o homem era fadado à inveja, pois o sabiá podia pensar;

Vexado pela inveja, o sabiá resolveu

Que a todo o custo iria voar

O homem a certo ponto da historia, Não ligava para isso,

Discutia consigo se valia à pena arriscar;

Era uma troca injusta, pois ele deixaria de voar?

Sim. O sabiá astuto, com o tempo, pôs o homem à provação,

Já que este não podia pensar, disse de que valeria uma vida livre?

Se não soubesse onde pousar;

Em resposta a sua doutrina, disse o homem, de que valeria pensar?

Pois viver com os pés no chão pode até matar.

O sabiá que olhava da janela ficou triste.

De repente se deu conta e perguntou,

Por que não acho a resposta dessa dor?

O homem que voava, olhava triste para o sabiá,

Pois esse só sabia pensar, não notando que as asas.

Era a imaginação que fazia funcionar.