O jardineiro e a flor.
Ele disse-me que me beijaria, se eu o embriagasse com o bálsamo dos mais sutís perfumes-Pensou a bela flor-
Ela sabia que era diferente das outras flores, pois não possuía tanta beleza e nem as mais belas aromas, e chorou, chorou, tanto, que suas lagrímas verteram-se para os rios e lagos ,inundando-os com um liquido precioso.
Todos os dias quando o alvorecer vinha trazendo o brilho das manhãs sorridentes,ele vinha beijar e a acariciar todas as flores perfumadas, e as beijavas todas as rosas, begônias, hortências, e outras flores coloridas, luxuosas e imponentes daquele belo jardim que na primavera floresciam lindamente.
Ela ficava com os olhos marejados de lágrimas. Precisaria dos mais belos dos perfumes, para ser amada, beijada e tocada. Ficava triste, pois ao entardecer ela ficava com as noites solitárias,e com os sonhos da alma .Ele partia sem nela jamais tocar.Só o vento o acariciava,quando ele soprava, sua haste se dobrava,e curvava-se, gentilmente, era graciosa como uma das mais belas flores.Só, Seu amiguinho rouxinol, consolava com lindos cantos.
Ela nutria por ele o mais puro dos sentimentos, que saia do fundo da sua alma,...O que fazer para mostrar para ele ,que a beleza só é belo quando vem de dentro de cada um. E ela já possuía essa beleza, o que faria para despertar o amor ,dentro daquele coração tão vaidoso !Onde esconderam-se os sentimentos dele?Se o amor é maravilhoso!
Quando as amanhã abriam-se ele voltava para regar e beijar todas as flores.
Ela queria poder revelar para ele,o segredo da beleza das noites ,da lua prateada,,e das estrelas dos ventos uivantes, e das pequenas gotículas do orvalho que cai nas noites geladas.Era romântica ,adorável e frágil!
Suas pétalas tinham o brilho e a pureza do amor... Mas, já estava umedecida numa pálidez marmórea que lhe afervorava as pétalas num murmúrio silêncioso.Nada mais lhe importava, se o amor ardia e queimava... Ficava triste, com a nudez da alma do jardineiro...A vida dele reduzia-se somente a comtemplação do belíssimo! As noites, dela ele fugia, e só voltava nas manhas. Ela continuva com o sonho.
E desvairadamente desejava o seu amor cada vez mais . sabia que, ele era incapaz de amá-lo. Cada dia ela murchava,queria somente ser amada, nem que fosse por um instante .Queria seus beijos ,as suas carícias, para depois se fechar ou abrir pelas manhãs e noites.Não temer as tempestades ou os bravios ventos sem medo de ficar despedaçada!Queria o amor, para depois do amor, morrer, nas manhãs sorridente ou nas tardes morrentes.