A BONDADE E A MALDADE
A BONDADE E A MALDADE
Certa vez a bondade encontrou a maldade e começaram a conversar.
- Minha amiga há quanto tempo não nos encontramos? – falou a maldade.
- Não sei por que você de chama de amiga, se nem temos afinidades. – retrucou a bondade.
- Mas você não é minha amiga por não querer. Poderíamos fazer uma dupla...
- Sem a menor chance.
- Já sei. Você gosta de ajudar os outros e isso vai fazer com que ganhe muitas recompensas, seja conhecida e todos te bajulem.
- Não tenho nenhuma vontade de aparecer ou de ganhar recompensas. O meu prêmio e sentir as pessoas felizes.
- Como você é ingênua. Olhe pra mim: sou conhecida, apareço no mundo todo em jornais, revistas e em todos os cantos. E você? Simples desconhecida. Fale-me sobre suas bondades?
A bondade simplesmente se calou.
- Está vendo? Não tem o que contar.
- E você maldade? Que aparece tanto, mas prejudica a todos. Está em todos os lugares, no entanto... Você não tem jeito.
- Para falar a verdade eu também ajudo as pessoas a serem felizes. Você sabe disso.
- Por exemplo: ajudar os jovens a se drogarem é fazer eles felizes?
- Claro. Eles querem estar por cima e a droga faz isso. Os deixa totalmente “alegres”.
- Isso é ilusão. A droga não faz ninguém feliz. Só destrói e acaba com as famílias. E quando percebem é difícil sair.
- Mas muitos querem isso.
- Mas outros não. E esses, como os que caíram nessa, eu vou ajudar.
- Para receber elogios.
- Não. Para despertarem e ver que a maldade só quer ver a ruína deles.
- Com você não dá para conversar. Já vi que não podemos ser amigas. É uma pena!
- Não podemos e eu não quero. Adeus maldade e até nunca mais.
E se separaram. Cada uma seguindo o seu caminho.
Conclusão: é melhor fazer o bem e ficar no anonimato do que fazer o mal e estar na boca do mundo.