A vida pela vida.

O amor brotou nos meus olhos assim que a vi e no mesmo momento um emaranhado de emoções tomaram conta de mim.

Seus olhos descrentes por tamanha descrença secaram.

A tomei em meus pensamentos, a tornei minha, assim a guardei em cada cantinho de mim, cade detalhe agora faziam parte do meu eu.

Já fora do imaginário ela não era tão minha, seus detalhes não eram meus, mas poderiam ser.

Mas poderiam ser, mas poderiam ser, mas poderiam ser, mas poderiam ser, essas doces palavras teimosas que me acompanharam e me embriagaram de coragem para ir ao seu encontro não saíram da minha cabeça.

Ali tão perto, mas tão perto que meus pensamentos por algum curto momento dançaram com o doce cheiro de seus cabelos, momento que se tornou curto ao ser interrompido por palavras diretas, ' pois não...'

Aquela pergunta levemente apimentada com sarcasmo, desinteresse e um pouquinho de curiosidade me trouxeram à tona.

Nessa viagem de volta porem acredito ter deixado para trás minha capacidade de dialogar, sim eu perdi as palavras...

Em meio a essa situação um sentimento me ocorreu, suas descrenças se tornaram minhas e minha única gota de esperança de ter não estragado tudo agora era dela. Quando seu rosto se torceu, quando suas sobrancelhas se arquearam formando uma expressão de situação inesperada, me declarei arruinado. Quando suas mãos encontraram o desenho do meu rosto e o contornam, nesse momento as descrenças, a esperança e todos os outros sentimentos caíram no chão como cristais. De repente havia vida dentro de uma outra vida, a cor de seus olhos voltaram, a vida se tornou viva. E eu de eu mesmo não ganhei nada, mas ganhei a metade da maior prova de amor, de duas vidas que meu amor possuía uma ela se tornou minha.

Assim vivemos felizes. Minha vida pela dela a dela pela minha.

FIM.

Yaya Pêgo
Enviado por Yaya Pêgo em 06/09/2011
Código do texto: T3204720
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