AFINAL ARANHA VIVE DO QUE TECE

Uma aranha armadeira no tronco de uma bananeira tranquilamente fa-

zia a sua teia ou seja a sua morada.Afinal já eram uma das diversas

moradas que ela construia e o homem destroia,sem exitar duas vezes.

Então como posso viver!Disse a sagaciosa aranha:Se estou nas pare

des das choupanas velhas de roças,expulsa-me,se estou nos telhados

dos palácios e mansões vem o progresso com a sua higiene expulsa-me

se estou no meu habitat que nasci,vem o homem com a sua ambição

desmedida desvasta as floresta expulsa-me,e outros animais.Portanto

eu vou ficar é aqui mesma a não ser que mim tirem daqui!E dando se

guimento a sua vontade,começou a tecer,teceu,teceu,até que a sua

linda teia ficou pronta.

Lá ela ficou.Tranquila,sorrateira com a sua pegajosa aramadilha em bus

ca da primeira presa do dia para a sua saborosa alimentação. De repen

te advinha quem se aproximava!Não sabem!Pois bem,era um mosquito

que por ali zoava,zoava,era um verdadeiro vezeiro daquele lugar,e ado

rava dar vôo baixinho sem perceber o perigo que estava passando. Só

que ao cismar que poderia ser presa fácil da sagaciosa aranha,logo, lo

go tratou de ir embora,parece até que já sabia do teor que tinha aque

la maldita armadeira.

Já a mosca que parecia tão maliciosa não teve a mesma vivacidade do

mosquito,e nesse começou pousa aqui e acolá,mas infelizmente o seu

dia de sorte não era aquele,pois errou o pouso e ficou presa justamen-

te na teia da aranha armadeira,que tranquilamente esperava uma bela

refeição naquele dia.E como se nada estivesse acontecendo disse para

a pobre mosca,quem bom,você cair na minha armadilha,jà vi que tu és

uma visita oportuna,sejam bem vindo,eu estou com bastante fome.

Diante da sua algoz a pobre mosca dizia:Por favor dona aranha!Tire-me

daqui!Por favor tire-me daqui!Estou presa na sua armadilha,preciso ir

embora,por favor seja mais gentil comigo ajude-me!Só que além de fa

minta peçonhenta aranha estava centrada na lei da natureza e respon

dia-lhe:Como posso ajudar a sair da minha teia,se eu preciso de você

para o meu sustento.

Você precisa entender,que a cobra come o mosquito,o leão devora a

presa,você também suga o sague humano para puder viver,eu também

sirvo de alimento para o meu algoz e assim vamos todos vivendo,não é

verdade?Enquanto isso o mosquito que antes tivera voando perto da

teia,dava novo voo razante,e se assombrava ao vê-lo,a pobre mosca

já sedada pelo veneno da faminta aranha,que parecia sugar a sua pre-

sa até a última gota de sangue,como se disse para ele,hoje é ela ama

nhã poderá ser você também,ouviu amigo mosquito?Eu não estou aqui

para brincar não,afinal esse é o meu habitat e o de vocês também

a mosca é um belo cardápio e você também é só não vacilar e não cair

em minha teia,pois se cair é fatal,esse é o meu trabalho,a minha casa

minha sobrevivência,com calma e persistencia,cheia de fios tinhoso e

deverasmente,pegajoso,posso viver enquanto a morte não chega,afinal

quase todos sabem que aranha vive do tece.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ

Salvador-Bahia,24 de jul de 11

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 24/07/2011
Código do texto: T3116243
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