O milagre da flor
Era uma flor. Minúscula, Parecia uma estrela, de quinta beleza. Lilás, miolo amarelo queimado. Cheirava a amor. Estava ali. Inerte. Ao chão. Quem a teria jogado do céu? Quiçá algum vento atrevido. Insensível. Debochado, moleque. E ali ela estava. Sozinha. Uma formiga que por ali passeava, olhou-a com um apetite voraz! Os olhos estalaram, foram até a florzinha e voltaram para sua retina brilhante. E foi dando a boa notícia a todas. Em um segundo, um batalhão delas se aproximou da flor-estrelinha solitária. Pronto. Seria levada. Seria estraçalhada. Seria devorada! Nisto, um milagre! Uma senhora que por ali caminhava, parou abruptamente, para não esmagá-la! Abaixou-se e, com delicadeza, pegou-a. Cheirou-a. Admirou-a. Colocou-a na palma de sua mão. Levou-a para casa e ofereceu-a a Santa Terezinha do Menino Jesus, a Santa das flores, das pequenas coisas. Os olhos da Santa brilharam também. Um brilho denso, sobrenatural . Como se vivos estivessem... a estrelinha sorriu...
BENVINDA PALMA