Pedro O Homem Trapalhão

Em um lugarejo bem distante, que era governado por um Rei que decidia tudo, qualquer problema ou conflito que houvesse era levado ao Rei que julgava, resolvendo o caso e aplicando a pena merecida. Como tinha fama de ser muito justo e humano era procurado constantemente. Nesse mesmo lugarejo vivia um homem chamado Pedro, que gostava de ajudar a todos, como era muito atrapalhado sua ajuda sempre prejudicava a pessoa que tinha sido ajudada por ele... Certo dia cansado de tanto ser vítima de acusações que para ele eram injustas, Pedro resolveu cometer o suicídio, procurou a montanha mais alta e dela pularia ceifando a sua vida assim pelo menos era o que ele esperava que acontecesse. Abaixo dessa montanha morava um homem com o seu pai idoso e doente, nesta mesma hora que o filho resolvera colocar o pai para tomar o sol da manhã, foi quando Pedro trapalhão pulou para se matar e caiu em cima do velho que morreu na hora, muito irritado e disposto a se vingar, o filho amarrou Pedro e resolveu que o levaria até ao Rei para que fosse julgada qual seria a sua pena. Iam os dois quando no caminho eles viram um vendedor de açúcar com o seu cavalo atolado e não conseguia tirar, sempre prestativo Pedro disse:

-Pode deixar eu vou salvar o seu cavalo e a sua carga.

O homem respondeu:

- Como? Você está preso.

O acusador de Pedro falou:

-Se for para ajudá-lo eu o solto, enquanto socorre você e o seu cavalo.

O homem todo feliz, então, por favor, vai lá e me ajude.

E Pedro todo contente pensando... se eu fizer isso pode ser que me soltem, puxou com toda força que tinha, até que se houve um barulho a carga caiu toda no rio e Pedro ficou com a cauda do cavalo na mão, o dono bastante irritado falou: Eu também vou com você quero que esse sujeito tenha pena de morte. Pedro bastante triste e tentando explicar o que acontecera nos dois casos não foi ouvido e bastante amarrado continuou sendo arrastado até o palácio. A certa altura do caminho ficaram com fome e os dois acusadores resolveram fazer um lanche, perceberam que tinham pouca comida e não sobraria nada para o preso, o mascate falou:

-Olha, tenho uma cebola vamos dar para ele comer, pois não quero que morra antes de ser julgado. O outro respondeu:

-Isso mesmo, toma safado se vira com esta cebola, tinha um resto de fogo, ele foi se arrastando e colocou a cebola para assar. O cheiro foi se alastrando e chegou até uma vila que ficava a uns quilômetros depois... Onde morava um jovem casal e a esposa estava grávida de seu primeiro filho. Com o cheiro da cebola a mulher começou a ter desejos e a passar mal, como estava no segundo mês acabou abortando o bebê, muito triste e querendo a todo custo encontrar o culpado pela morte do seu filho, o homem saiu a procura de quem estava assando a cebola, encontrou no meio do caminho os dois homens arrastando Pedro, perguntou:

-Vocês sabem me dizer de onde vinha um cheiro de cebola assando?

-Prontamente responderam; foi esse aí, apontando para o preso, que assou uma cebola.

O homem muito irritado, parte para cima dele e grita:

-Eu vou matá-lo! Assassino, assassino!

-Quem mais eu matei Meu Deus?

- O meu filho! Estava ainda na barriga da mãe.

-Como? Eu não conheço você muito menos a sua esposa.

Depois de tudo esclarecido o terceiro acusador se juntou aos outros dois e saíram a caminho do Rei.

Pedro pensava para quem ia cometer o suicídio a prisão até que não era tão ruim, e seguiram até que chegarem ao palácio. O Rei mandou chamá-los e cada um contou o crime que Pedro cometera, logo em seguida o Rei mandou chamar o acusado que explicou o porquê de estar envolvido em tudo aquilo.

Depois de alguns minutos de espera, foram chamados todos para ouvir a sentença que seria aplicada em Pedro. Bem falou o Rei... Depois de analisar o caso eu concluí que Pedro é mesmo culpado por tudo e acho que tem que pagar pelos danos causados.

Os acusadores com caras de satisfação assentiam com a cabeça, pois bem... Vai ficar assim; Pela morte do seu pai... Vamos deixar Pedro sentado em uma cadeira embaixo da montanha e você vai pular em cima dele, no caso do cavalo, você irá deixar o cavalo com o acusado ele cuidará até crescer a cauda novamente, e você levará a sua esposa para a casa dele e ela só poderá ser devolvida quando estiver grávida, assim... Ele reparará todos os danos causados a vocês.

O primeiro retrucou: - Não senhor Rei, eu não posso pular em cima dele, e se eu morrer? É perigoso não vou me arriscar.

O segundo também recusou: Como eu vou deixar o cavalo com ele? A cauda não cresce de novo.

O terceiro acusador decepcionado com o Rei disse: A minha esposa? Jamais a deixaria com esse sujeito.

O Rei terminou a sentença, então... Já que vocês não aceitaram as penas dadas ao preso ele está solto e pode ir. Pedro aprendeu a lição e resolveu ser um homem diferente menos trapalhão.

Moral da História: Às vezes tudo parece perdido e aí surge um milagre.

Tânia Suely Lopes
Enviado por Tânia Suely Lopes em 26/06/2011
Reeditado em 26/06/2011
Código do texto: T3058620
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.