A Casa dos Sonhos

Perdido em um paraíso sem vida, sem cor, sem esperança, sem brilho e sem sol, onde a escuridão prevalece, onde nunca amanhece, sombrio e medonho à procura da casa dos sonhos, caminho perambulante com a respiração ofegante. Vou caminhando sem rumo, sentindo os percalços na estrada, pedras pontiagudas perfurando meus pés, quero enxergar não consigo, tropeço em qualquer desnível que encontro nessa estrada. Tropeço, caio, levanto, sei que no fundo do pantano existe a casa dos sonhos, ela está lá, me esperando, um dia ei de chegar. Motivos para desistir, quantos, aparece em davaneios, zumbindo no meu ouvido. Desista meu amigo, essa casa não existe, o seu caminho é triste, você nunca vai encontrar. Do outro lado da mente, uma força eloquente diz pra mim seguir em frente pois na casa dos sonhos irei entrar, lá estará te esperando, a felicidade brilhando pra você poder pegar. Continuo minha jornada, que longa é essa estrada, parece não ter mais fim, senti um cheiro de flor talvez é por lá que eu vou. Tá escuro, não enxergo. Que flor é essa com espinhos bastante, que arranham a minha pele, cortam a minha carne, espinhos imensos, não é o caminho que mereço. Deveria ter desviado. Vou caminhando com cuidado, para não ser tão cortado por espinhos afiados, com pensamento bem longe, na casa dos sonhos eu ei de chegar, nada vai me segurar, nem escuridão, nem espinhos nem o medo do caminho irão por fim no meu andar. Caminhando com mais força, passos largos e firmes, sem saber onde pisar, mas pisando com vontade sabendo que na verdade a casa dos sonhos irei achar. Muitas noites caminhando, já que o sol nunca saia pra iluminar meu caminho, foi na fé que avistei uma luz e até chorei por saber que nessa luz a felicidade encontrei, uma porta entreaberta me convidando pra entrar, estava na casa dos sonhos e por isso vou falar:

casa linda, colorida, todas as cores da vida brilhavam sem parar. Tinha verde, amarelo, vermelho e azul cor do mar, tinha branco, tinha cinza, até preto encontrei, mas era preto de vida não da escuridão destemida que um dia pra trás deixei.

Silvio

Zanca
Enviado por Zanca em 20/06/2011
Reeditado em 23/06/2011
Código do texto: T3046440