A raposa encantada
Era uma vez, uma raposa que, por maldade de uma bruxa havia sido encantada. Seu corpo era corpo de mulher, mas sua cabeça era de raposa e ostentava uma farta cauda vermelha. Por causa disso vivia fugindo com medo de que um caçador a visse e a prendesse para exibi-la nas feiras.
Um dia a raposa soube que no meio da floresta morava uma mulher belíssima. Imaginando que ela poderia ajudá-la a, pelo menos disfarçá-la, foi até sua casa.
De fato era muito bela, mas grosseira e gananciosa. Ao conhecer a história da raposa-mulher, logo propôs que costuraria um vestido encantado que faria com que as pessoas não vissem mais a raposa e sim a mulher. Isso fez por divertimento porque não tinha qualquer habilidade para a costura e muito menos para encantamentos.
A raposa ingênua vestiu aquele vestido tão feio e ridículo e, acreditando que fora desencantada, passou a andar pela vila do reino. Os jovens, ao verem aquela aberração de vestido, caiam às gargalhadas e os mais velhos corriam apavorados em todas as direções. Envergonhada e confusa, a raposa correu para a floresta para esconder-se.
Sua fama correu o reino e seus arredores chamando a atenção de muitos caçadores que a perseguiram e, encontrando-a, mataram-na com uma flechada bem no coração.
Moral da estória: A beleza não veste ninguém.