SOBRE POESIAS ESTUDOS
SOBRE POESIAS, ESTUDOS
APÓS ESCREVER, ESCREVER E ESCREVER...algumas vezes questionado sobre o tamanho dos textos poéticos, incluindo menções, por alguns textos serem "longos demais". Outras vezes por ser, segundo opiniões de terceiros, "prolixo" e as demais, que me fogem a mente neste momento, resolvi parar para estudar os fatos, melhor dizendo, estudar poesias. E após este breve estudo, cabe ao leitor tirar as suas conclusões. Já tirei as minhas.
Desde de a Divina Comédia, passando pela Ilíada e os Lusíadas, dentre outros textos, que fica claro: não existe texto com tamanho certo ou errado. O que existe são textos. O fato de as pessoas lerem menos, ou por serem inseridos numa rede social, na internet ou em qualquer outro local não tem como tirar o caráter artístico da obra que seja. Claro que, para um determinado meio, por questão de espaço disponivel, temos de ter bom senso e sempre é melhor adaptar, prefiro o termo mesmo lapdar do que só fazer ouvidos de mercador. Manter aquilo que se quer fazer, sem mudar, seria o mesmo que deixar de tentar. Então após várias tentativas e várias respostas positivas, surgiu, mais uma vez, a vontade de fazer uma análise mais técnica sobre os textos poéticos, em colaboração com isto, o anúncio de um método de ensino da gramática normativa da nossa língua portuguesa, usando as poesias infantis do autor Olavo Bilac, somado aos materiais achados deste mesmo autor, logo em suas primeiras páginas de uma obra sua do ano de 1961, vigésima sétima edição, fica claro, que não existe poesia nem longa, nem curta, nem grande e nem pequena. Só existe mesmo: POESIA. E ali em textos e mais textos estão expostas todas as capacidades deste escritor, que dispensa comentários, deste aprendiz. Penso que qualquer um com um minímo de sensibilidade e fazendo os devidos "mergulhos" na época em que estas surradas páginas foram impressas, os textos são mais antigos ainda, consegue entender, que textos são feitos para serem lidos e não são feitos para serem adequados aos temperamentos, nem as pessoas terem ou não tempo para ler. Vão ler àqueles que assim o desejarem. Nem este, nem nenhum outro poeta, estava para economizar ou ajustar suas linhas, porque alguém acharia suas poesias longas ou curtas. Isto é apenas o início do que podemos aferir com o início desta leitura. Até o fim do ano, a medida que forem sendo realizadas as demais leituras, serão acrescentados novos apontamentos ao corpo deste texto. Outro fator que vem a dar mais ânimo ainda a este escritor, é ler poesias que estão mais para prosa e contando histórias e não só poesias divididas em estrofes, como se vê normalmente em textos poéticos mais antigos, que deveriam seguir um padrão, diferente dos versos livres, estes que são os usados por mim e tantos outros colegas por aí.
NÃO POSSO saber, por não ter acesso as biografias destes poetas do passado, nem dos que aqui estão entre nós, o que leva alguém a optar pelas poesias. Particularmente os textos poéticos permitem uma dinâmica, velocidade e precisão e, principalmente, diversidade e diversão, que um romance jamais permitiria, pela questão óbvia justo relacionada ao tamanho do texto, mesmo o conto sendo um "pequeno romance", jamais se prestaria a ser uma poesia num grupo de rede social, teria de ser muito fragmentado, e por mais que se ame escrever (contos, crônicas e estudos), nenhuma dessas obras se presta a ter o full time das poesias. A versatilidade e imediatismo do que permite a poesia é, pra mim, o que mais me magnetisa e atrai. O poder de atração é a melhor, e menos pior, das explicações que seguem um critério de lógica, para que um leitor possa entender, porque as poesias vem dia a dia suplantando a preferência deste contista e cronista. Não bastasse isso por si só, mais e mais pode ser acrescentado. Olhando mesmo a técnica redacional.
Renato Lannes Chagas