Inimigo da mãe
Minha mãe está se tornando minha inimiga
E logo eu que sou apaixonado pela energia feminina
De onde me vem o cheiro de flores vermelhas
Também há o odor de carne seca e mentirosa
Ela não me olha
Ela não me enxerga
Ela não escuta como quem escutava antes
Sua poesia agora é chata e sua voz é fria
Opositora que me conta mentiras
A culpa não é minha
Mas a dor é sim
A perpetuação da mesma é sua
Meu sofrimento é o conjunto de suas falhas
Estou em um poço e ninguém ali me enxerga
Cada verso e estrofe nessa poesia
É apenas a realidade dessa casa
O silêncio morreu nela
Permanece nela
Cresce nela
Mas eu vivo e você não