Inimigo da mãe

Minha mãe está se tornando minha inimiga

E logo eu que sou apaixonado pela energia feminina

De onde me vem o cheiro de flores vermelhas

Também há o odor de carne seca e mentirosa

Ela não me olha

Ela não me enxerga

Ela não escuta como quem escutava antes

Sua poesia agora é chata e sua voz é fria

Opositora que me conta mentiras

A culpa não é minha

Mas a dor é sim

A perpetuação da mesma é sua

Meu sofrimento é o conjunto de suas falhas

Estou em um poço e ninguém ali me enxerga

Cada verso e estrofe nessa poesia

É apenas a realidade dessa casa

O silêncio morreu nela

Permanece nela

Cresce nela

Mas eu vivo e você não

Ágatha Ternurie
Enviado por Ágatha Ternurie em 22/09/2024
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