O exame da linguagem corrente hoje no Brasil constata uma curiosa oposição entre os termos sociedade e social. Isso ocorre, em particular, no seu uso por parte de empresários, políticos e jornalistas – para começarmos por uma caracterização profissional.                         

 

 

 

 

O exame da linguagem corrente hoje no Brasil constata uma curiosa oposição entre os termos sociedade e social. Isso ocorre, em particular, no seu uso por parte de empresários, políticos e jornalistas – para começarmos por uma caracterização profissional. Mas também sucede, para passarmos a uma determinação política, que, porém, se sobrepõe à primeira, por parte dos setores mais à direita. Estes últimos anos, no discurso dos governantes ou no dos economistas, “a sociedade” veio a designar o conjunto dos que detêm o poder econômico, ao passo que “social” remete, na fala dos mesmos governantes ou dos publicistas, a uma política que procura minorar a miséria.
(Renato Janine, em: http://www.renatojanine.pro.br/Livros/asociedade.html)

A compreensão correta da oposição apresentada no texto acima cria correlação com o par opositivo:

a) a elite econômica e as classes pobres
b) categorias profissionais e categorias empresariais
c) o discurso dos governantes e o discurso dos publicistas
d) uma política dos setores direitistas e uma política de oposição ao governo
e) as classes dominantes e o conjunto dos detentores do poder econômico

COMENTÁRIOS

O texto deixa claro uma oposição entre “sociedade” e “social”, conceitos estes em oposição por parte de empresários, políticos e jornalistas.

“Sociedade”, nos discursos dos governantes ou no dos economistas, designa o conjunto dos que detêm o poder econômico.

“Social”, por outro lado, conforme os mesmos governantes ou publicistas, é uma política que procura diminuir a miséria.

Ora, em outras palavras, “o conjunto daqueles que detêm o poder econômico” alude à ELITE ECONÔMICA. E “política que procura minorar a miséria” é uma metáfora para CLASSES POBRES.

CONCLUSÃO: LETRA A