Confissões de um pai poeta ( a sonoridade rasgou a gramática )
Obrigado meu filho
por suportar este amor imenso
que eu tenho por você
e que me foge do controle
e por ser tanto,
a sua luz me cega
e me confundo com você.
Obrigado meu filho
por suportar este amor louco
que ao te querer tão bem
às vezes te faço mal;
e querendo te fazer um rei
corro o perigo de te fazer
um mendigo de si mesmo.
Te amo além da conta
ao ponto de querer ser seu herdeiro
(e não você de mim)
e tudo o que é seu
quero para mim também:
sua dor, sua alegria, sua saudade,
até mesmo sua alma.
Mas não me deixe te afogar
no mar do meu amor desmedido
nem de transformá-lo
em uma sombra de mim mesmo;
nem que para isso
precise de brigar comigo
e até se afastar de mim.
E se possível for
me faça esse favor:
não me trate como um pai
mas somente como um bom amigo.