Camisa aberta no pescoço, fez uma pausa e escorou-se na parede. Parecia cansado, sob um sentimento só seu. O semblante parecia empurrado na face que mantinha o olhar ausente. Ponderou o silêncio arfando feito um fantasma.
Com o passo de poeta no destino das batalhas entre palavras, promoveu-se valente com vento sussurrante içando a respiração. Suas células fluiam em sílabas sob o ranger cortante do relógio. Lembrei-me do navio que veleja sobre um mar infinito de marés passadas e repletas de águas-vivas, ácidas medusas marinheiras.
Após uma estranha e triste parada à beira de um mundo inchado das incontáveis identidades separadas, aprendizes do tempo em condições desiguais, parecia imperturbável e rumo ao mais distante ou no interior de si.
A vida diária tem os seus próprios capítulos, histórias, mas eu não sou fã das ruas movimentadas. Me retiro para cismar com o mundo, desatenta para os rebanhos, perita em intervalos.