O ressoar da morte para a vida eterna
Eu naveguei por águas turvas e profundas,
Onde monstros aquáticos me espreitavam,
Os ventos sopravam e rasgavam as velas,
Deixando-me à deriva, confuso, sem norte,
Submergiam faces de ninfas moribundas,
Que, em coro uníssono me hipnotizavam,
Em meio às correntezas mórbidas e feras,
Um autêntico ressoar da vida para morte.
Naquelas águas foram de dor e tormentos,
Cada milha navegada, aproximação do fim,
Ouvia as trombetas provindas do infinito,
E, meu corpo dormente por Deus clamava,
De repente, surgiu uma voz entre os ventos,
Que não tivesse medo “era o anjo Querubim”
Que eu lhe desse a mão à glória ao espírito,
Voando ao céu minh’alma por fim chamada.