MEU AMOR!...
Carmen Cristal
Amar-te me faz feliz!…
Alegra meu coração…
Pureza no que interdiz!
Pertinência na emoção!
Nas auras de tal querer!
Pelo que sonhei viver!
Elegendo o que se diz!
Livre encanto da união!
Amar-te me faz feliz!…
Alegra meu coração…
Botucatu-SP
AMAR-TE-EI ETERNAMENTE
Jacó Filho
A verdade deve ser dita,
Pra gente compreender,
Que sem amor não há vida...
Então amo pra viver,
E com um pouco de sorte,
Amarei depois da morte,
La nas dimensões espíritas,
Se Eu puder escolher...
A verdade deve ser dita,
Pra gente compreender...
São Paulo - SP
ARTE DE AMAR!...
Manuel Bandeira
Se queres sentir a felicidade de amar,
esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
POEMINHA AMOROSO!
Autor Desconhecido
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu…
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu…
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo…
eu te amo, perdoa-me, eu te amo…
Desconhecido
AS SEM-RAZÕES DO AMOR
Carlos Drummond de Andrade
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
*Redonde é um estilo poético criado por
Francisco de Assis Góis.
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