Carta para a rainha
Mãe!
Eu estou com medo!
Isso deve ser um segredo
Pois,do jeito que o mundo me ver
Achando que eu sou de ferro
Que eu não estou a sofrer
Porque não vivo aos berros
Não choro pelos cantos
E nem vivo me lamentando
Cai para dentro o meu pranto
Deságua feito um oceâno
É uma imensidão de vazio
Cheio de coisas diversas
É como um vento gélido e frio
Preenchendo minhas frestas
Sem a aquele tanto de coisa
A qual eu dedicava a vida
Me sinto até um pouco atoa
Dói demais minha ferida
Eu tenho pensado sempre
Em tudo o que aconteceu
Quando a senhora partiu
Ficamos minha irmã e eu
Caminhando lado a lado
Contra o que nos sobrevinha
Naquela guerra éramos soldados
E nunca nos deixavámos sozinhas
A batalha era desigual
Mas,Deus nos capacitava
Lutavámos contra aquele mal
O cansaço era físico e mental
Deus sempre do nosso lado estava
E naquela manhã de sábado
A minha irmã descansou
Fez a viagem inevitável
Pois Deus a ela chamou
Terminou aquela guerra
Que tanto nos esgotou
É um ciclo que se encerra
Mas,não se encerra o amor
Tirei grande aprendizado
Daquela luta intensa
Meu coração ficou quebrado
E a saudade é imensa
Agora tento seguir
Tentando me encontrar
Até consigo sorrir
Com a tristeza no olhar
Espero que tenham se encontrado
E olhem daí por mim
Um dia ,cedo ou tarde
Também estarei por aí!