Linhas, vírgulas e pontos de interrogação.

Entre linhas escritas,

virgulas e pontos de interrogação,

percebi que em momento algum houve realmente um desabafo das feridas que foram feitas em minha alma e no coração.

Não saberia como exatamente chamar tudo que vivi e passei ao longo da minha vida,

se eu chamar de experiências,

não estaria mentido,

mas também não seria real,

se chamar de vivência,

seria irreal,

pois pouco vivi, pouco sorri,

se chamar de destino,

seria admitir que o destino não passa de um tirano sem o menor pudor,

se chamar de escolha,

talvez é o que melhor se encaixa nessa dor.

Eu escolhi valorizar as pessoas,

mesmo quando elas mesmas não se davam o valor merecido,

eu escolhi andar do lado,

quando fui deixada pra trás,

eu escolhi estender a mão,

quando fui jogada ao chão,

eu escolhi perdoar,

mesmo estando sangrando,

eu ouvi todos,

mas ninguém me ouviu,

por muitas noites eu chorei copiosamente,

no escuro e mesmo quem ouviu não fez nada, fui motivo de riso e piada.

Mas quando eu escolhi,

respeitar, mas não amar,

me afastei fisicamente ou verbalmente, quando me levantei sozinha e ainda levantei quem me derrubou,

quando sequei minhas lágrimas,

todos viram, e eu passei a não ser a pessoa que todos queriam.

E então de todos o controle ela tomou!

Karina Freitas
Enviado por Karina Freitas em 23/06/2023
Código do texto: T7820156
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