O VÔO DAS BORBOLETAS

Acordei, nem sei quanto tempo dormi,

foram tantos sonhos e nenhuma certeza,

que bom que tudo chegou ao fim,

estou vivo mais um dia, que beleza,

vou fazer um café e pela janela,

assistir ao belo vôo das borboletas.

Um cheiro me fez lembrar da infância,

do feijão que minha pobre avó fazia,

a mesma mão que me fazia cafuné,

me amassava os bolinhos com farinha,

lágrimas correm de saudade com certeza,

ao lembrar o belo vôo das borboletas.

Se a vida vier a perder o sentido,

guardei tantos, servem pra compartilhar,

ensinar a essa gente, que esperança,

é um dom que cada um pode encontrar,

sendo pobre, viver a "realeza",

contemplando o belo vôo das borboletas.

E quando a vida um dia chegar ao fim,

nada terei por ela pra lamentar,

pertenci a família que sempre quis,

e os melhores amigos de enorme grandeza,

quero com todos desbravar o infinito,

vendo para sempre o belo vôo das borboletas.

ANDRÉ L C MELO
Enviado por ANDRÉ L C MELO em 07/06/2023
Código do texto: T7807662
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.