Caída sob a sua espada
Me diz que sou bonita, inteligente e blá, blá, blá, mas que, desculpas, é impossível, pertencemos a mundos diferentes. É, tem razão, eu sou um E.T. e vivo em Plutão, no mais distante e gelado planeta (um dia já foi considerado planeta).
Uma sessão reticente. Neste jogo, só ela dá as cartas. Enquanto eu, numa devoção imorredoura, estou caída sob a sua espada. Isso queima!
Quiçá, o efeito lúdico esteja se indo embora, o amor em decomposição, só restará cinzas, depositadas no fundo do coração, e a sua voz ecoando nas profundezas da minha alma.
Estou num abismo de perguntas sem respostas. Nem precisará desaparecer, quase já nem consigo te ver. Estou afogada numa espécie de Tsunami de dúvidas. Não sei se sobreviverei a mais uma volta na montanha-russa dela.
Às moscas, me sinto como Gengis Khan numa planície desabitada. Não há sombras e nem sobras.