SOBRETUDO, VIDA DE SOBRETUDO
Minha mãe é analfabeta, digo
Eu não sei, então, dançar;
Não tenho, pois, nenhum amigo,
Eu não soube o que é amar!
É auspiciosa a minha saúde!
Minha avó é viúva e mora sozinha;
Não “gozei” minha juventude,
A minha infância foi mesquinha!
Os meus irmãos (não) estudaram;
Os meus avós paternos já se foram;
O meu pai, este, já faleceu.
Não “gosto” dessa minha cidade;
Eu nunca chorei de verdade,
Afinal, contudo, quem sou eu?!