Aos meus sinceros amigos
Se por algum momento eu imaginar,
Que o mundo não me entende mais,
Sentir-me só, feito um pirata no mar,
Navegando triste, perdido e mordaz,
Buscarei o acalento naquele amar,
No ancoradouro seguro do meu cais.
Se por algum momento eu imaginar,
Em minha volta a escuridão e o luto,
Seres mortos putrefatos ao meu lado,
Em embriagante marasmo absoluto,
Evocarei os meus grandes espólios,
Meus pais, fiéis amigos em resoluto.
Sentir-lhes suaviza o meu coração,
Entendo que, tudo tem a hora certa,
Para pensar, refletir e pedir perdão,
Demais coisas não condizem a meta,
O que me resta nessa real convicção,
Relembrar meus pais gratidão eterna.
Creio veemente na genuína amizade,
Na qual elevo os meus pensamentos,
Espécie de veneração e de saudade,
Por aqueles em que Amor os tenho,
Quem ainda os têm, cuide, Amizade!
Aos meus sinceros amigos; meus pais.