ERA UMA VEZ NO PASSADO
Num passado não recente, numa torrefação de café, na sala do proprietário...
_ Dá licença, Patrão!
_ Entra, Zenóbio. O que foi dessa vez?
_ É que aconteceu algo terrivel.
_ Que é que foi, Homem? Desembucha logo! Tás me deixando nervoso.
_ É que o café passou do ponto. Tem um cheiro bem forte de queimado e...
_ Cambada de irresponsáveis! E quem vai arcar com esse prejuízo? Vou mandar descontar no salário de cada um. São 200 Kg de café jogados fora.
_ Tem toda razão de ficar brabo ca gente, mas calma, que num é pra tanto. Enquanto subia aqui pro escritório, me passou u'a ideia que pode salvar essa parada.
_ Então conta logo essa brilhante ideia. _ Conclui com certo ar de deboche.
_ É que a gente pode inventar uma nova categoria de café. A gente pode chamar ele de "Café Extra-forte", veder ele 20% mais caro do que o produto padrão e ainda sairmos lucrando.
_ Hum! Hum! Hum! Uma boa ideia. E ninguém vai perceber que de um erro, surgiu novo produto. Vá lá! Mãos à obra.
...
Enquanto isso, em certa companhia de água mineral, todos se frustram com a finalização de novo poço de água salobra, aparentemente imprópria para comercialização.
_ Dr. Armindo! Quer ter a honra de ser o primeiro a provar da água desse poço? _ Oferece o capataz, ao dono da empresa.
_ Claro! Glup, glup... _ Cospe fora com nojo. _ Que droga é essa? É salobra. Que desperdício de dinheiro! Que prejuízo!
_ Mas nem tudo tá perdido. Tive uma ideia. A gente engarrafa essa água e injeta gás CO² nela e ainda cobra um pouquinho mais caro e ninguém vai desconfiar de nossa parada.
_ Boa ideia Osmundo. Vá en frente.
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Essa é uma obra de ficção, mas é assim que eu penso.