Nem um passo
você nunca deu,
Nem um passo
em minha direção,
além das noites
em que te procurei,
na intenção
de me perder,
na madrugada.
Talvez não haja nada
de errado nisso
nem na espera,
da minha parte,
por algo diferente.
Mas eu encho a cara,
novamente,
até perder a vergonha
e te procuro,
pra estancar
esse buraco,
que cultivo
no meu peito.
Mas não vou deixar
você crescer
dentro de mim,
pra me roubar
o pouco que me resta
de espaço
para sonhar.
É o que sempre digo,
e repito para mim mesmo,
nos momentos
em que nos machucamos,
sem pensar
E quando você desaparece,
e me deixa
sem resposta,
Quando você me provoca,
com ar de louca,
e quando você volta,
com a voz rouca,
me pedindo,
pra ficar.