Fôlego

Transpiro,

num estado de quase morte

a sensação

de acordar sozinho,

de novo.

Depois de sonhar,

com madrugadas

de um passado morto,

Penso nesses momentos,

e nas coisas

que não consigo mais,

sentir.

Asmático, perco o fôlego

mais uma vez,

como nas tantas noites,

que quase morri de amor.

Enfim,

não sei o que é pior,

se é não sentir nada,

ou sentir demais,

inclusive neste instante,

em que nada sinto,

sinto falta,

da falta de ar,

e da dor

de amar além,

e além da compreensão,

e da minha própria capacidade

de respirar.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/09/2022
Código do texto: T7604676
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