ILHA DE MORENA, BELÉM DO PARÁ
Não gosto dessas invenções coloniais:
Morena, mulata
Toda a sexualização que isso traz
Gosto do prazer leve, solto
Gosto do sorriso daquele povo
Sorriso com a boca e com o olho
Os olhos fecham quando a boca abre
Gosto do estado de espirito
Que essa ilha tem
De me apaixonar diversas vezes
O vento é uma brisa, um efeito especial
Que esse filme tem
É só para esvoaçar seu cabelo
Cabelo liso e fino no ar
Aroma de água doce
O sol morno, outro efeito
Uma paleta de cor natural naquele corpo
Cheio de pinturas Macrojé
Uma guerreira indígena pronta para lutar
E que venha a morte, mas ela não se poluirá
Pará, como é bom voltar
E no descanso os aromas são outros
Outras cores e sensações
Hoje vi uma pintura vivida
A mais linda e cara que pode existir:
Uma chuva fina, um carimbo baixinho
Tocando em algum barco de um pescador nativo
Aliais, barcos e barcos
Chegando e saindo
E um grupo de crianças, que sorriem com os olhos
Desenhando um sol na beira do Guajará
Rogando ao Deus Guaraci:
Quero soltar pipa, em nome de Jaci!
Todo mundo devia conhecer a Ilha de Morena, em Belém do Pará.