CHAMA DE AMOR (Spina)
Durante um congresso,
contou-nos sobre como
encontrou-se com Luzia.
Nada escondeu dos demais casais,
descreveu tudo, todos os detalhes;
convicto, afirmou: "não a conhecia!
Tudo começou de forma inesperada,
experienciei a felicidade naquele dia".
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Conheceu a esposa
durante a procissão
do "santo milagreiro".
Seguiam o itinerário rua abaixo,
ela, fervorosa, estava na frente;
rezava bastante, o tempo inteiro.
Ele, logo atrás, carregando uma
vela acesa, estava muito arteiro.
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Relapso, o jovem
queimou o cabelo
da devota menina.
Rapidamente, a chama foi contida,
alguém debelou-a com uma blusa;
trocaram sorrisos, foi graça divina.
Anos após, formaram uma família;
fatos assim, diga: quem imagina?!
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Felizes, seguem juntos,
amando-se muito mais;
um casal maravilhoso!
Têm dois filhos rapazes, respeitáveis
cidadãos, criados com bastante zelo
na presença do Deus misericordioso.
Ansiosos, aguardam os netos virem,
sonham com esse momento gostoso.
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Desejo o melhor
para eles nesse
projeto de netos.
Possam, sim, experienciar tal alegria;
um dia, abraçarem, cheirarem lindas
criancinhas, expressar os seus afetos.
Tenham, ambos, a oportunidade para
instruí-los acerca dos caminhos retos.
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Spina, estilo poético criado por Ronnaldo de Andrade.
[Imagem do Google]