NEVASCA // LUZ VISÃO DELIRANTE (Experimental)
NEVASCA
Decerto tento ratificar meus anseios
Uma visão da luz da cena mostra claramente o clima lá fora
A neve contra minha estreita idade foi vista batendo à porta e já entrou faz muito tempo
Estanca meus passos no piso branco e afundo lentamente
A noite é revolta contra a sua própria neve e precipita a prece contra o vento frio
Quase nada pode degelar seu coração que mesmo empedrado ainda vive, pulsa
O gelo toma conta e ninguém percebe
Sorrateiramente
Ele pode esfriar nosso pensamento como um uivo do lobo invernal
O ar brilhante
Flocos brancos camuflam a atmosfera em beleza fatal
Contemple até o final
A manhã em que as águas pararam e clamam por movimentos
Ele deu seu coração gelado.
Ela deu seu recado
Fogo ardente e consumidor inclemente
Veja!
A neve já derrete e ouço um murmúrio de chuva
Calmamente os riachos começam a correr
Calmamente a tua voz na minha mente degela um coração estagnado frio e parado
30/05/2022
18:00hrs=
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LUZ VISÃO DELIRANTE
Ela buscou e sorriu.
Procurou como quem apostou tudo na busca.
Certa do encontro.
Então ela viu seus desafios e seus desejos.
Leves como um fogo aceso de um tempo dourado.
Abalada em brasas abandonadas, ela ouviria.
Ela não encontrou escuridão em desilusões sonolentas.
Apavorada como um fogo aceso dentro de um vale.
Nem ouviu novamente o trovão de uma guerra ao longo da noite.
As flores roxas estão sussurrando em seus cabelos,
Castanhos.
Eu vi um silêncio vazio, de uma manhã que não amanheceu.
Luzes.
Como flores amarelas sobre um jardim incendiado.
E deixam seus recados...
Ainda assim, como um fogo fátuo em seu deleite trêmulo,
Ele queima.
Espalhe esses segredos um tanto delicados.
Um instinto dentro dele poderia dividir de repente.
O segredo revelado.
O juramento sacramentado e vilipendiado.
Um mar de juventude, fogo e aço forjado.
Acabaram esses dias,
de intimidades em cada ato.
Tudo espalhado ao relento
Moinha que o vento levou.
"Você pode se importar com o triste outono do ano?
Você poderia vir me ver na próxima primavera?"
Não
Onde o fogo poderia me segurar, era um altar.
Queimam promessas em um mar de votos despedaçados.
Poeta em cada memória em seus olhos.
Rica como a luz em um prado.
Em volta de cada memória graciosa de sua esperança,
Me desespero,
me calo.
Grito de dor.
Traição!
Como eu poderia olhar o dia contra o meu cansaço?
Poeta em cada pensamento,
em cada gesto dedicado a ela.
Ainda sinto meus lábios em um êxtase separado.
Agitado em brasas abandonadas após o amor.
Agora só as cinzas
esvoaçadas e espalhadas
Agora só o amor desfeito
revolve em promessas quebradas.
30/05/2022
16:25hrs
Experimental com parte do texto produzido com verse by verse