DIANTE DOS NOSSOS OLHOS – (Experimental REJUNTE 2)
“Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção”
Antoine de Saint Exupery
Do livro: Terra dos homens
A vida nos toca
no fluir das madrugadas
sono, sonhos, devaneios
até o despertar do dia
Como quem anda
assim, brincando com o tempo
viramos mais uma página
caminhando juntos
para além da nossa varanda
com suavidade
Amorosamente
no anoitecer dos anos
em suas incontáveis horas
sentindo a brisa à beira mar
sem pressa, conversa ou promessa
sem deixar pegadas na areia
Seguimos escrevendo nossa história
pela longa estrada
mundo afora por aí
vivendo a suave idade
A vida nos toca amorosamente
no fluir das madrugadas, no anoitecer dos anos
sono, sonhos, devaneios em suas incontáveis horas
até o despertar do dia, sentindo a brisa a beira mar
como quem anda sem pressa, conversa ou promessa
Assim, brincando com o tempo, sem deixar pegadas na areia
viramos mais uma página, seguimos escrevendo nossa história
caminhando juntos pela longa estrada
para além da nossa varanda, mundo afora por aí
com suavidade, vivendo a suave idade
Claudio de Lima
“O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar”
Poema: O mundo é grande
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Foto: amanhecer no bairro do Bessa, à beira mar de João Pessoa - Paraíba
Nota: Experimental REJUNTE
Rejunte é o nome de uma arquitetura poética experimental.
Trata-se de um novo tipo de construção poética simples e fácil.
É composto por um título e 3 (três) estrofes, cada qual com o mesmo número de versos.
Sua elaboração requer como regra a necessidade de que na terceira estrofe, os versos da segunda sejam adicionados aos versos da primeira estrofe.
Completando assim seu sentido, estendido e ampliado na terceira estrofe.
Portanto, o numero de versos em cada estrofe deverá ser o mesmo.
A quantidade de versos em cada estrofe é livre.