ATÉ QUE ACORDEI (Spina)

Barulhos de galhos

quebrando, som de

folhas secas, pisadas.

 

Uma abundante teia de aranha,

úmida, maquia meu rosto tenso;

espero estar longe de chapadas.

Olhando para todas as direções,

nada enxergo, nada de estradas!

 

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Vislumbro o caminho

nessa penumbra, sob

direção do vagalume.

 

Nenhuma estrela apareceu no céu,

muitos sons escuto neste matagal;

não pretendo aqui fazer queixume!

Estou, sim, perdido nesta aventura:

Ja, já desperto-me desse negrume.

 

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Acordei. Tudo foi

um grande sonho,

verve dos Spinas.

 

O despertar possibilitou o descerrar

dos olhos, experienciei o aurorescer

tão ansiado, revelando as campinas;

oportunidade para viver outra manhã,

Bora trabalhar, calcei minhas botinas.

 

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Spina, estilo poético criado por Ronnaldo de Andrade.

 

[Imagem do Google]