Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa)


LOBO DO MAR NÃO ENJOA - redonde

No capeio, na pauleira,
Eu vou de mestra e mezena.
Caso não tenha lazeira,
O mar aberto me acena...
Hasteio um tormentim,
Corro com o tempo e enfim,
Ondas deixo pela esteira,
Não me perco nessa cena !
No capeio, na pauleira,
Eu vou de mestra e mezena !

(Francisco de Assis Góis)
 


Dedico a toda a gente do mar, em especial aos velhos lobos e colegas poetas Eligio Moura e Dalmo Suares Dutra veteranos da gloriosa Marinha do Brasil.

*Redonde é um estilo poético criado por Francisco de Assis Góis.
Conheça a sua teoria literária seguindo o link abaixo:
https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/7124216

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Belíssima interação do poeta e velho lobo do mar Eligio Moura.

 

Agradeço ao amigo a gentil e honrosa dedicatória que me fez lembrar os bons momentos que eu vivi no mar.

(Eligio Moura) 
 

MARINHA
 
Este mar que encanta minha alma imperfeita
desde a tenra mocidade no caminho que trilho
preenche-me inda hoje o espírito, o peito,
gloriosa marinha que me fez teu filho.
 
O mar que hoje me encanta o espírito, já feito,
vibrou desde cedo nas salas -sem empecilho-
do Velho Barco onde nasceu a chama, o respeito
por ti marinha que me forjou com brilho.
 
No convés, lais de guia, calafate aprendi
a arte marinheira; no sextante, a navegar...
E parti para o além-mar, onde melhor vivi.
 
Nos mares navegando fostes meu lar!
AH! Marinha, contigo muito aprendi;
Mas a saudade que ficou foi lá do mar...

(Eligio Moura)

 
 
Belíssima interação do poeta e velho lobo do mar Dalmo Suares Dutra:
 
Poeta Francisco, Muito obrigado por tão linda homenagem, ao lembrar as lides no mar.Tive o prazer de estar no mar e no ar com meu velho amigo Eligio. Um forte abraço, amigo.
(Dalmo Suares Dutra)

 
MEU VELHO CT PARÁ
 
A saudade hoje é grande. Onde será
que estás, ó meu barco, velho Pará?
A tua alma inda vive forte na minha
e saudosa, vibrando, lembrando a Marinha.
 
Nas noites escuras, lúgubres, do tombadilho,
eu via no horizonte distante um brilho:
era uma estrela guia e ela muito dizia.
Meu navio navegava, no caturro seguia...
 
Nas suas malaguetas, um timoneiro!
Fortes ondas batiam varrendo o convés...
E eles seguiam: o marujo e o barco altaneiro.
 
Onde estás, amigo meu, Velho Guerreiro?
Quero saber de ti, amigo, companheiro!
Meu pranto é de ferrugem, barco primeiro!

(Dalmo Suares Dutra)

 

Maravilhosa interação do poeta Jacó Filho.

LOBOS DO MAR - redonde

Quem o mar corre nas veias,
Com muita intimidade,
Quando suas velas, hasteia,
Pra ganhar velocidade,
Ambos se tornam um só,
E o mar fica maior,
Sob encantos de sereias,
Que sou ouve de verdade,
Quem o mar corre nas veias,
Com muita intimidade...

(Jacó Filho)
 


Maravilhosa interação do poeta Alberto Valença Lima.

LOBOS DO MAR (Redonde)

Nós somos lobos do mar
A defender nossas costas,
Zelando feito um altar,
Nossas fronteiras expostas.
Somos valentes guerreiros
Que vivem os seus roteiros.
Não temos sorte ou azar,
Façam então as apostas!
Nós somos lobos do mar
A defender nossas costas.

(Alberto Valença Lima)

 

Maravilhosa interação do poeta Tildé.

Me jogarei ao mar, mesmo sabendo nadar muito pouco.
Não me importa naufragar. Apenas quero o contato com as águas.
Sentir as profundezas do oceano e viajar por esse mundo estranho.
Descobrindo as maravilhas, atravessando o mundo por entre as milhas.
Transportando-me ao infinito. Ultrapassando o pacífico.
 Acalmando o mar aflito e seguir sem dimensão para as terras do sem fim.

(Tildé)

 

Maravilhosa interação da poetisa HLuna.

M A R
(Ecosys)

Solto meu barco no azul do mar,
mar de sonhos, mar de mistérios,
mistérios que guarda - segredos,
segredos contados ao mar.

(HLuna)

 

Maravilhosa interação do poeta Humberto Cláudio.

LOBO DO MAR - redonde

Rema firme o proeiro
"lobo do mar não enjoa"
Pelo denso nevoeiro
Singrando o barquinho voa
Noite alta, mar bravio
Movido só pelo brio
Luta contra o aguaceiro
Ficando pé lá na proa
Rema firme o proeiro
"lobo do mar não enjoa"

(Humberto Cláudio)

 

Maravilhosa reflexão sobre o tema da poetisa  Lualfavênus.

Então, o vento, a vela e o barco que vai e leva alguém para algum lugar... Vagueia.

(Lualfavênus)

 

Maravilhosa interação do poeta Solano Brum. Grato pelo belo presente meu amigo.

 

O NÁUFRAGO

 

Mergulhei para o meu barco salvar

E feri minha cabeça em seu calado.

Vendo-o, para o abismo a se afundar,

Voltei à tona, triste e inconformado!

 

Náufrago me vi, em pleno mar,

Agarrado a algo que vi boiando...

Ali fiquei, sobre as ondas, a flutuar,

E os raios solares, sempre queimando!

 

"O Mar é forte, jamais fora vencido!

É mesa farta a quem pode conseguir

Alimentar-se de seus frutos e favores!"

 

Hoje, escrevo o episódio acontecido

Porque passei, por não saber ouvir,

Os conselhos dos sábios pescadores!

(Solano Brum)

ChicoDeGois
Enviado por ChicoDeGois em 14/10/2021
Reeditado em 19/10/2022
Código do texto: T7363433
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