REBOTALHOS

De cômodos anos serenos,

O mundo envolto em pandemônio,

Pandemia qual vil demônio

Faz da vida algo de somenos

Interesse, onde vale menos

Que um mísero triste sonho.

Sonhos que alimentam a vida,

Sem os quais, nada se realiza,

Não se terá, nem sobrevida,

Nenhum futuro se divisa,

Chorume exala em pez ferida.

Roubam-lhe o presente, o sustento

Ímpia claque ante a derrocada

Classe operária sufocada...

Capricho político cruento.

Vil programado genocídio

Meio assim justificado

Por fins que culminam em altercídio.

Tragédia total evitável

Com melhor desfecho provável

Enquanto isso, sinto em frangalhos,

Despedaçado em rebotalhos.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 25/09/2021
Reeditado em 27/09/2021
Código do texto: T7349897
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