aura do tempo 2
nada
diante de chão
é tanto.
(imensidão
de ladrilhos rosnam à brisa
auraciada de tempo)
há um tempo inominável mas tão viscerado
que brinca com as formas e as veias sobressaltadas, em roxo gostoso,
de teu corpo ensaiado,
de jeito insano.
há um alguém entre-mundos que baila sem o saber
o ardor de um funk suingue sangue ofegante
.
ele brilha, sim ele brilha
com os pés ainda descalços e pequenos
respirando marés e vomitando ventura de cicatrizes orfãs
há o que não se sabe assim táo presente
que molda curvilíneo o desejo de enfeitar falésias
o tempo que resta
.
as lantejoulas do teto cá dentro respigam musgo
gostoso de veludo pisado.