13:20 De Perfeição (Ou aquela do Grover Washington)
Treze minutos e vinte segundos. É o quanto dura a eternidade, é o quanto vive a perfeição.
Devagar, suave e sutil Ela começa, quase sem querer começar. Leve, delicada e insinuante, um sussurro que se intensifica até preencher todos os espaços, de tal forma que nada lhe fica alheio. Onipresente Ela segue, penetrando todos os cantos, sem deixar nada vazio ou incompleto; em Sua presença nada fica sem ser tocado, invadido, tangenciado.
Uma doçura indetível, um vigor inabalável, Ela cresce axiomática, incontestável, peremptória. Cada acorde de Sua canção é um fragmento de excelência. Cada tom de Sua pintura é um traço de primazia.
Sensual e elegante, forte e acalentadora, Ela é um odor que pode ser ouvido, um sabor que se pode tocar; um silêncio arrebatador, um misto de sensações tão opostas quanto complementares, levando quem a experimenta contemplar novos mundos, infinitas maravilhas.
Ela tem um menear que inspira e suscita tanto os mais tórridos e luxuriosos pensamentos quanto os mais afetuosos e ternos sentimentos. Sua cadência é, por si só, algo divinamente mundano, entorpecente, inebriante, porém, d’Ela nunca me canso ou enfastio.
Durante treze minutos e vinte segundos a vida é melhor com Ela.
NÃO! A vida torna-se Ela.
Obs:Este é um exercício de escrita e criatividae em processo de aprimoramento.