intermezzo

venho cá a te pedir a migração de tua língua para dentro. de mim. por fora, também e em tempo implodido. de molhado e de intermezzo. de quase tudo parado: o mundo e giros. chega até minha boca, respira e migra. só meta.

venho também te pedir que te escorra em meu rosto, todo. como se fosse ao mar jogar tuas apostas na ponta de 1´anzol com um pedaço de carne. empalidecida sem teu grito sussurrando meu nome, baixo. me quebra toda, como se fosse teu front de batalha enviesada pela visão de há pouco. ameaçada por tuas entrâncias e olhares tardios.

mas de pedidos, quase não sou: há espelhos e pele crua. venha cá a me pedir, de novo, que me balance em teu sonho adormecido. floresça-me nua

de agora

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partida