Pandemia (monólogo teatral)

Ele chegou de supetão. Atravessou fronteiras, invadiu cidades e casas... Um pesadelo que destruiu sonhos, esperanças, projetos... Por onde passou deixou dor, medo e morte. Mudou trilhas, destruiu vidas... O isolamento derrubou muitas máscaras que escondiam egoísmos, violências e preconceitos exacerbado. que estavam escondidos e trancados dentro de corações e mentes. Com isso, teve gente que se aterrorizou ao se ver, ao se perceber... Muitos mudaram. Tornaram-se mais solidário e gentil. Mas, teve aqueles, aqueles coitados que ficaram horrorizados ao se perceber que a forma que encontraram para sobreviver foi ignorar a realidade. Ah! Esses coitados... Vestiram-se com a máscara da ignorância e seguiram com os olhos vendados o maior vírus o vírus visível existente agora na nossa nação, aquele que tem histórico de atleta e prega na mídia ódio e a intolerância. É triste... muitos partiram e nunca mais terão oportunidade de ver.

Autora: Zeneide Cordeiro