Seja água
Era pedra
Me vi água
correnteza que flui
hoje areia nos pés
pensamentos como ventos
momentos além
há quem diga que a fadiga obrigada a caminhar
há quem sinta a dor de sair do lugar
há quem se jogue na imensidão do on
há quem fique off e já não está
onde morar se as ruas tão tuas não nos podem acalentar
tuas casas, castelos, muralhas que te guardam dos monstros que te habitam
loucura no centro
crueldade encrostada
crostas e crostas de mentiras mal contadas e impregnadas
nós em nos atados se dilui em copos mal lavados
barris e corotes, pequenas medidas de mortes
a perna que já não anda mais só
a bengala feita de madeira de demolição
o gps que erra na direção
houve tempos onde o afeto era rei
a vontade era rainha
e nos vassalos tornamos partes da imensidão
onde nos perdemos
mas podemos achar
pois tudo lá esta