Broken
Cuidado, frágil.
Desculpe não olhar em seus olhos mais
Me envergonho diante do que penso
Involuntariamente
Quando vou ao delírio mais pessoal e intransferível possível, o que me sustenta a esperança.
Depois passo para o delírio coletivo, aquele que o mundo inteiro participa... E caio na real.
Por isso, desculpe não olhar em seus olhos,
Como eu poderia ser sincera?
Eu sou apenas uma garotinha.
Eu não ando armada
Eu não guardo uma gilete no bolso
Eu não aperto o passo
Eu vou na fé. Eu vou na fé?
Preciso ser sincera, isso é uma mentira.
Eu ando armada até os dentes
De óculos escuro, a boca pequena e franzida
Não olho no olho de ninguém
E quando olho, não vejo
Não sinto o vento bater em mim
Nem quando propositalmente saio pra sentir o vento
Na rua ninguém sabe quem eu sou
Mas eu sei quem são
Sei e imagino e deliro
Mas não sorrio
Nunca de verdade
Quase não saio de casa
Pode ser perigoso
Se eu for feliz, o que será de minha reputação?
Sou homem sério.
Se eu for feliz, que que vão falar de mim?
Olha lá o feliz, o bobo, o louco, aquele que não se arma
Não, deus me livre. Por isso guardo essa fragilidade inteira dentro de mim. Não se mostra a alma pra ninguém.
É perigoso.