- um bar chamado Karma -
Todos deixaram
a mesa do bar,
e talvez eu precise morrer um pouco mais
antes de tentar me levantar.
Daqui onde estou,
chego a conclusão
de que nem todo alcool do mundo
seria suficiente,
para me anestesiar para o óbvio,
pra a sensação de que
inevitavelmente
sempre estarei sozinho,
e de que talvez este
seja o meu devido lugar.
É isso o que eu ganho
por tentar mexer com coisas tão profundas
e tão reais e abstratas,
num tempo em que as pessoas
preferem se ater ao superficial
e ao leve.
é isso que eu ganho
por tentar respirar
quando devia enfiar a minha cabeça
no copo
e simplesmente
me afogar.