Ponta de lança
Eu quero ver
Eu quero ver quem é que vai conter
o rio de palavra que jorra das veias do poeta
Eu quero ver
Enquanto ele aguça a ponta que lança
Pra ver onde alcança sua voz, sua paz, sua alma, sua criança
O seu sentido errático de acertar
O nosso fatídico mundo de intolerância
E estourar o balão de luz
Esse que está adormecido em nossas almas
E nos mostrar sentido, sentindo
E nos enriquecer de amor irremediavelmente despossuído