Epsilon, um novo mundo
Origem
Nos confins do universo um planeta acaba de se dizimar, talvez não por algo natural, mas, pensando bem já deve ter se tornado comum, já que aconteceu tantas e tantas vezes. Estou me referindo a autodestruição das minhas criações, a humanidade, eu estive durante eras criando, pensando e arquitetando cada detalhe para que fosse um sistema de vida único como jamais criado por mim, mas a vida não tem jeito, um dia ela acaba ou ela se acaba e esse processo aumenta de velocidade cada vez mais rápido, criei seres pensantes e racionais, mas, foram tão ignorantes e irracionais que se levaram para um buraco sem fundo onde quem se joga são eles mesmos, ferem uns aos outros e criam armas para atacar sua própria raça, é lastimável a racionalidade, e o por que de eu dizer isso é bem simples, a racionalidade só nos torna menos racionais, pelo simples fato de serem seres que podiam fazer de tudo, acabaram fazendo coisas que não levaram a nada inclusive a sua própria extinção, entretanto, a vida não pode parar e estou com uma nova sociedade em mente e espero que dessa vez eu acerte nas minhas criações.
O universo precisa de um substituto, criei vidas a tanto tempo mas a minha energia está acabando e creio que só terei poder para mais 4 ou 5 planetas com seres complexos, então farei questão de fazer a melhor escolha entre todos, e aquele cujo a coragem seja maior que o orgulho e a modestidade, possuía o Dom da Criação e tomara o meu lugar no universo. Eu Crômios a Divindade Criadora de tudo criarei mais novos 4 mundos e elegerei o meu próximo descendente para que o universo mantenha seu equilíbrio e que para um dia ele seja domado. Começarei com um planeta mágico com seres divinos, onde controlariam diversas magias, esse é o planeta que os humanos queriam que fosse real, pode-se dizer que estou me inspirando nos mitos criados pelos mesmos, de certa forma eles eram bem criativos e eu admiro isso em qualquer ser vivo, mas, a criação desse planeta não pode parar, ele funciona de uma forma bem simples, basicamente o que sustenta a vida neste planeta é a “Aigam” uma energia que mantém os seres desse planeta vivos, ela teria o mesmo funcionamento da antiga “Atmosfera” ,apesar de que ela não envolveria o planeta e seria sim uma essência que os corpos dos habitantes conseguem captar e converter para energia mágica e energia vital e isso permite que eles não necessitam comer para viver mas sim para aumentar o poder, algumas coisas decidi que existiriam ainda e que seriam essenciais para a existência da vida neste planeta, como, a água para que assim as terras de lá tenham abundância de frutos para que não falte energia mágica. Algo que eu evitarei será o contato com minhas criações da última vez criei religiões que de alguma forma os separava e que causou muito sofrimento, a guerra santa do planeta terra não me trás boas lembranças, mas, essa divisão é algo primordial assim o mundo ficaria mais diversificado, entretanto nesse planeta não, aqui os povos serão unidos por uma única vertente, o bem de todos. E depois disso tudo o planeta está pronto, com sua órbita decidida, sua estrela escolhida e agora só me falta ir em busca do meu substituto.
2000 anos após
a criação.
Epsilon, o lado divino
Eu sou Bellatrix, filha do Rei Antares, moradora do reino de Ósmio, somos todos seres divinos e vivemos em harmonia de um para com o outro sempre ajudando e nos tratando com amor mútuo, mas as coisas mudaram tanto desde a vinda daquele ser maligno, eu nunca havia visto nada tão perturbante antes da vinda dele, a quase 10 anos, eu ainda era uma feiticeira de classe porcelana e estava aprendendo a arte da magia mas já era uma prodígio, meu pai estimava que eu alcançasse uma energia mágica de 8 000 000 quando adulta, por eu já saber feitiços de classe prata e bismuto, todavia minha idade não permitia eu elevar minha classe por não ter passado pelo nosso treinamento sagrado.Mas voltando para o monstro, me lembro nitidamente o dia em que ele pisou em solo divino, ele escurecia tudo que tocava e convertia a todos em seres que hoje chamamos de obscuros, o cenário era de terror completo mas existia apenas um homem capaz de bater de frente com ele, meu pai, Antares, ele lutou bravamente mas não obteve sucesso e como uma última opção para aquela ocasião, ele tenta levantar a Calamidade Divina, uma espada sagrada que apenas aquele que seja a personificação da união poderia erguer-lá, mas infelizmente meu pai não era o escolhido, e isso o frustrou muito, até porque na mente dele ele era o rei, e era ele quem mantinha a união de seu povo, entretanto, notamos que não era bem assim.
A luta não poderia parar, Antares contra Majoris, a energia mágica dos dois era extremamente alta e a do meu pai alcançou um patamar de quase 1.300.000.000, mas mesmo assim não era o suficiente para derrotar a Majoris, pois sua energia maligna era de quase de 1.900.000.000‬,entretanto , meu pai sentia que aquela energia não vinha de nenhum ser com vida, e sim de algum objeto, “A armadura! A armadura! ”,era o que ele dizia ao perceber que a armadura era o artefato que o dava tanto poder, meu pai tinha que dar um jeito nele e simultaneamente naquela armadura para que nosso povo não fosse extinto e então, ele me fala suas últimas palavras, “Filha, saiba que por mais que eu morra eu sempre estarei em algum lugar no universo, te observando e zelando por sua vida”, aquilo era um adeus, ele iria me deixar pelo bem de todos e isso foi bom, digo, teria sido melhor se não custasse a sua própria vida. A magia que ele usou para salvar-nos era uma técnica de inversão, ou seja ele trocaria de lugar com Majoris fazendo com que o mesmo fique indefeso, mas meu pai sabia que a armadura possuía poderes malignos e que no momento que ele usasse ela ele estaria sujeito a uma energia tão alta que seu corpo não aguentaria e se desintegraria, mas isso eram apenas hipóteses, ele só saberia de verdade se ele fizesse, e ele faz, ele troca de lugar com Majoris e assim vimos a face daquele que nos causou tanto terror. Meu pai se sucumbia diante a tanto poder e em uma opção desesperada ele cria uma barreira temporal envolta de si mesmo, onde nem mesmo a aigam consegue penetrar mas infelizmente essa magia congela o tempo da matéria mas não a vida e com o tempo meu pai foi se tornando um cadáver dentro da armadura que agora se é seu túmulo. E meio a destruição todos que estão envolta unem forças para selar Antares na região que agora seria o lado obscuro do planeta, impedindo que ele atravesse e contaminasse mais e mais os seres divinos e apesar de todos que estão daquele lado cometerem maldades um com os outros como, matar, roubar e destruir tudo que veem a sua frente,meu povo percebe que a culpa não é deles e buscamos forma de convertê-los para que voltemos a sermos como um dia fomos, mas que hoje, não mais.
Hoje, após 10 anos de todo o ocorrido estou indo visitar o túmulo de meu pai novamente, minha mãe, Aludra, é contra que eu visite meu pai, ela diz que não é algo bom eu relembrar todos aqueles ocorridos, mas eu acabo indo e nunca me arrependo, pegarei alguns frutos, pretendo me sentar e relaxar um pouco ao seu lado já faz um tempo que não tiro um tempo pra mim e também já estava na hora de eu visitá-lo, e assim faço, me despeço de minha mãe e vou confortar meu coração perto de meu pai.
Epsilon, o lado obscuro
Durante a batalha onde eu pretendia infectar o máximo de seres divinos com a maldade, eu ouvia gritos de dor dizendo, “Porque você está fazendo isso”, enquanto eu olhava eles sangrarem me deu uma vontade de explicar o porque, eu poderia ter dito que estava apenas seguindo ordens, mas eu queria estar fazendo aquilo, eu tenho a convicção de que se existe o bem, obrigatoriamente o mal também deve existir, se não for assim qual o sentido de haver vida se não for para dar um fim a ela, e além de que a paz só existe pela ausência do tormento, e se o tormento não existe do que vale a paz, eu vim aqui dar um propósito, um sentido a vida desse povo eu vim,dar um propósito para lutar assim eles se tornaram um povo mais unido, fazendo a paz nascer através do tormento.
Ser o rei desse povo já está ficando bastante entediante, eles se acostumaram a serem obscuros e já não sofrem mais com isso, acho que meu reinado aqui já está se tornando insignificante e as coisas andariam bem sem mim, posso dizer que minha missão está completa, vou contactar Messier e pedir que me tire logo desse lugar:
-Atenda meu chamado Messier, e me tire desse lugar minha missão está completa, não há mais motivo para minha presença neste lugar !
Majoris usa um poder psíquico para se comunicar com Messier, esse poder também permite alterar memórias e controlar mentes, desde que o alvo seja mais fraco do que aquele que está usando o poder:
-Quem decidi se você pode vir ou não sou eu… Agora me passa um relatório dos últimos anos e me explica porque achas que deve voltar para Ômega.
-Me desculpe se fui imprudente ao falar com o senhor. Os ocorridos foram o seguintes, eu consegui infectar quase 60% do povo com o vírus, uma coisa interessante para você anotar no seu caderninho é que o povo daqui é muito teimoso, eles não queriam se render de forma alguma, um deles chegava a ser forte mas o desgraçado usou um feitiço e roubou a minha armadura .
-A Proteção Infernal !! Como pode ser tão incompetente e o mais importante porque não a pegou ainda ?
-Digamos que a uma limitação que me impede de sair daqui, os divinos me selaram desse lado do planeta e eu não tenho energia mágica o suficiente para quebrar o feitiço.
-Idiota! Eu criei aquela armadura com o máximo de poder para que isso não aconteça e você nem assim consegue comprir uma simples missão!
-A missão era infectar metade da população ou seja eu consegui comprir com o combinado.
-Eu dito o combinado, e o combinado é o seguinte, você só sai dai quando pegar minha armadura, e não me contacte mais.
Majoris percebeu que teria que pegar a armadura de alguma forma, mas como ? Ele não podia entrar e solo divino e não teria magia o suficiente para quebrar o feitiço, então ele manda um de seus súditos a uma missão:
-Ei, você aí, apresente-se a mim.
-Ora, eu sou Zaurak.
-Me refiro a sua classe idiota.
-A sim… quais são as classes mesmo
-Já governo aqui a mais de uma década e você ainda não memorizou as classes ?
-Ah ! Eu não costumo me esquentar com essas coisas, mas vai diga aí quais são as classes, quem sabe eu me lembre.
-As classes são rubi, obsidiana e bloodstone, agora me diga qual é a sua classe ! Já perdemos muito tempo, estou com vontade de esmagar um crânio !
-Ei calma aí, não há necessidade de sair espalhando sopapo por aí, eu já me lembrei, eu sou de classe obsidiana.
-Ótimo, então você consegue fazer feitiços de inversão.
-É óbvio que sim.
-Olhe como você fala comigo. Tenho uma missão para te propor, e eu não aceito não como resposta.
-Me desculpe se fui imprudente ao falar com o senhor, e será um enorme prazer aceitar sua missão.
-Ótimo, é assim que eu gosto, quero que vá buscar algo para mim, uma armadura situada próximo ao reino de Ósmio nos campos de treinamento, ela está lá paradinha, intocada, nela há um feitiço que impede que saia do local onde se encontra, quero que vá lá e uso seu feitiço de inversão para tirá la dali.
-O senhor tem certeza que quer que eu vá? Me parece uma missão muito importante, ainda mais por ser em solo divino, e se eles me virem?
-Fique tranquilo rapaz eles não irão te ver, acredito em você e sei que vai voltar .
-Muito bem, eu irei …
Um novo caminho
A caminhada começa, Zaurak segue voando em direção ao reino e traz junto a ele alguns livros de magia obscura, e alguns frutos para repor sua energia mágica para quando chegar ao seu destino fazer o feitiço com êxito.
Até que enfim estou chegando, já dá pra ver o reino daqui e logo ao lado está ela, a armadura, mas tenho que ir para o outro lado sem que me vejam. Oque é aquilo perto da armadura ? Me parece uma garota, ela vai atrapalhar muito tenho que dar um jeito nela, acho que me transformando em um caldeirão conseguiria me aproximar, se bem que … Não, não daria certo de forma alguma, quem iria acreditar em um caldeirão sem água assim no meio do nada, tenho que pensar em algo melhor… Eu poderia me transformar em um minotauro e fazer ela se mandar, isso ! Farei assim.
Os seres obscuros assim como os divinos, são todos transmorfos sendo assim capazes de assumir qualquer forma que desejar, essa técnica exige uma energia mágica muito alta e nem sempre as transformações saem como o esperado. Após terminar de se transformar, Zaurak parte em direção a moça em altíssima velocidade, entretanto a moça não se movia e continuava a olhar ele se aproximar, um tanto confuso ele para e dá um rugido e novamente ela continua parada com um olhar confuso:
- Ae! Não vai correr não ?
-Eu queria antes fazer uma pergunta.
-Como que é ?
-Porque você só tem um chifre? Você não é um minotauro ?
Zaurak percebe ao passar a mão em sua cabeça que faltava algo, e muito envergonhado e sem reação ele se desfaz de sua transformação :
-Ah ! Eu sabia que você não era um minotauro de verdade, e mesmo que fosse já teria voado longe.
-E eu duvido muito disso.
-Você não me conhece rapaz, mas vamos me diga oque veio fazer aqui.
-Isso não te interessa, mas preciso que você se afaste da armadura.
-Você veio pegar a armadura ?
-Eu não posso falar.
-Eu acho que você já deixou meio óbvio.
-Isso não importa ! Agora saia de perto da armadura !!
-Não, eu saí lá do reino andando até aqui e não pense que é pertinho, eu poderia voar ? Poderia ! Mas queria poupar energia para vir aqui sentar ao lado de meu pai e não acabar dormindo, entao nao vai ser nenhum homem que vai me dar ordens para sair daqui, me obrigue se conseguir .
-Eu não vou bater em uma mulher.
-Oque ? Tá achando que eu sou fraca ?
-Não, não é isso, é que minha ética não permite.
-E desde quando obscuros tem ética ?
-Ei ! Não somos monstros, tá a maioria é mais eu sou diferente isso eu te garanto.
-Humm... não sei não agorinha você queria me assustar, como é seu nome ?
-Meu nome é Zaurak… Espera, oque que eu to fazendo ?! Eu não deveria estar falando com você, eu tenho uma missão pra cumprir.
-Sabe Zaurak eu acho que você não quer cumprir essa missão, se você realmente quisesse você já teria me tirado daqui e pegar a armadura.
-Querer ou não, não depende de mim eu só cumpro ordens.
-Ah ! Esquece isso vem comigo vem conhecer o reino.
-Oque ?! Você tá maluca ?! Se Majoris descobrir ele me mata.
-Vamos logo Zaurak !
E assim Zaurak segue ao lado de Bellatrix pelo reino com muito medo pois pensava que as pessoas poderiam tentar capturá-lo por ser um obscuro, entretanto a realidade foi totalmente diferente, é claro que todos que estavam envolta o encaravam assustados pelas ruas do reino e os feiticeiros que cuidavam da proteção do povo o rodeava enquanto ele andava, não era algo que se via todo dia e ainda mais andando ao lado da princesa. Ela estava o levando para dentro do reino para que sua mãe o conhecesse :
-Mãe !!
-Bellatrix para de gritar pelo salão eu estou indo .
Aludra se dirige ao salão para atender o chamado de sua filha e quando vê Zaurak ao lado de sua filha o ataca jogando ele contra a parede :
-Quem é você ?!!
-Calma moça !
-Não me peça para ter calma, como foi que você entrou aqui .
Bellatrix a interrompe ao ver que a situação estava um tanto preocupante :
-Fui eu mãe .
-Oque ? Impossível, ele deve estar usando um poder de controle de mentes em você minha filha.
-Não mãe, seres obscuros não tem essa habilidade.
-É o que uma pessoa manipulada diria !
-Mãe, porfavor.
Aludra o solta ao perceber que a filha diz a verdade e exige uma explicação sobre oque está acontecendo, pois nunca após a vinda de Majoris, seres divinos e obscuros sequer se tocaram, logo, isso tudo era um choque para ela :
-A senhora tem um murro e tanto heim, vocês costumam tratar as visitas assim ?
-Tenho que me desculpar, entretanto te pergunto, oque vocês fariam com um ser divino no castelo de vocês ?
-Certamente usaremos o sangue para um bom vinho .
-Pra mim chega, vá embora
-Não calma, eu estou apenas brincando o nosso povo não bebe .
-Prefiro não acreditar, vamos agora me diga seu nome .
-Eu me chamos Zaurak .
-Você tem pais Zaurak ?
Zaurak parou por um segundo sem saber o que responder, ele percebeu que ao ouvir aquela pergunta ele não se lembrava de ter pais ou não era algo que o deixou integrado e sem resposta e então ele fica calado :
-Muito bem Zaurak, porque está aqui ?
-Porque estou aqui ? Eu… Eu quero estar aqui, por favor Aludra eu não quero voltar me deixe ficar em seu reino !
Aludra fica sem reação, ela não entendeu muito bem o'que haveria de acontecer ali, ela não sabia se deveria confiar naquele ser, entretanto algo dentro dela faz com que ela queira que ele fique, até porque um dia ele foi um divino e a ética dela não permitia vê-lo implorar e depois expulsá lo do reino .
-Claro Zaurak, é claro que você pode ficar. Bellatrix leve o até um dos quartos e de roupas do nosso povo a ele, Zaurak agora é um divino e viverá entre nós.
Zaurak apesar de não querer voltar e ter certeza disso, ele ainda estava muito inseguro dos problemas que poderiam vir a seguir, ele sabia que Majoris iria perceber a falta dele e esse era o menor problema, ele ainda tinha que entregar a armadura e cumprir a missão
A história ainda está em formação