NA HORA DO SONO ?

Fico a contar carneirinhos

Lembro espinhos diários

Em suma, mesmo sozinhos

Somos multidão em aquários…

Flanela , índigo, colchão,olhinhos

Aconchego…

"Coisicas" ouço, no teto azul recolho

Caravelas , Neides, risos, nhoques, sossego…

Longe eu me bronqueio

Espumas, pingos, Nhonhos,seio

Divago ávida, risonha os cenários

Em montinhos

Substancio um mar albergue

Manso, ente, suave, monumental

Sôfrego, " zizo", no húmus occipital

Se o medo ousa sombrear

Multo tinhosa , dou ãs operários

Esquento manjar

Abraço, quedo ,aninho, risco o solitário...

( Lilian Santi )