Feijões em leitura dinâmica
Na minha pós-adolescência e pré-juvenescência, um de nossos professores nos apresentou a técnica de leitura dinâmica.
Fiquei muito curioso e procurei colocá-la em prática. Teria de aprender e treinar a leitura dinâmica diferentemente da forma convencional: Letras formando sílabas e estas, palavras até completar a sentença e/ou períodos, parágrafos etc. Agora eu tenho que ler, de forma fotográfica, um período ou parágrafo completo e mantendo em memória o conteúdo e seu sentido e contexto. Algo assim. Aos poucos fui internalizando a técnica, se bem que até hoje não a domino.
Sempre que vou realizar alguma tarefa procuro empregar a “leitura dinâmica” e isso o faço em praticamente tudo o que vou executar. Facilita bastante a tarefa mesmo que não consiga. É certo que nem tudo se dinamiza através dessa técnica, dependendo da complexidade do serviço em procedimento.
Ultimamente, em pleno gozo de minha aposentadoria, auxilio minha esposa na cata do feijão, se bem que não haveria necessidade de catar os mantimentos do Tipo 1. Infelizmente, a despeito da classificação que se isentaria do processo de escolhimento, por cautela, fazemos isso com maior frequência do que desejamos, pois encontramos ainda pedrinhas ou sementes de outros legumes ou cereais.
Pois bem! Despejo o feijão ou outro tipo de legume ou cereal numa mesa, espalho as sementes puxando um punhado delas para perto de mim, e, numa leitura dinâmica, verifico a presença semente estranha e, em menos de um minuto, mais de um quilo de feijão está escolhido e pronto para ir para a panela e ser cozido.
É isso!