EM CADA ESTIRÃO CRESCENDO

As várias zonas de conforto...

Nada mais agradável,

Vezes também entediante,

É como um seguro porto

A tal zona de conforto.

Tende a ser relaxante,

Mas de sucesso improvável.

Temos que a pedra mover

Pra que ela não crie limo,

Que o nada não sirva de arrimo

E o sucesso promover.

Vamos remover o mofo.

Desde que mundo é mundo,

Todos podem comprovar

O Lavoisier dizia,

No mundo nada se cria,

Muito fácil de provar,

Mesmo indo a raso ou a fundo.

De meras pontuais sementes,

Um quase nada, pois, pois,

Juntos se tornam depois

Em seres, capazes entes.

Dentre estados confortáveis,

Transmutando-se entre fases,

Perante ataques vorazes,

Em meioses perpetuáveis.

Transformações em pernoites.

Fui dormir, um bebezinho,

Acordei, era um menino,

Estiquei, cresci saudável,

Factual inefável.

De criança inda franzino,

Agora já um rapazinho.

Desenvolve em estirões

Em processual noturno,

Cada fase por seu turno,

Pelos órgãos e funções.

A vida assim se processa.

Em cada estirão sofrido,

É certo que estou crescendo,

Corpo em acomodação,

Dores ou mesmo inchação

São normais, vão elastecendo

Membros, órgãos estendidos.

O que passou, não mais volta;

É pra frente que se anda.

Se estanca, o mais desanda

Inútil reviravolta.

A vida assim se processa:

Sucessivos estirões.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 20/06/2019
Reeditado em 07/08/2019
Código do texto: T6677427
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