Amor
É assaz ensurdecedor, o amor...
e assim o faz com furor,
rompe as barreiras da alma,
e só acalma-se com outro, amor;
Ainda se tanto controverso é,
permissivo aos opostos que atrai,
trai a própria concordância,
alheio as lagrimas que caem;
Alvissareiro ao divergir o tempo,
o tempo todo se faz primordial,
dispersa as horas sufocantes,
encerra-se ao pó, a garganta em nó;
Confunde a paixão e a torna inerte,
flerta com prazeres e indiretas,
dialogo com o ódio, encenado,
congrega suspiros alienados;
Flores que convergem seu olor,
seres incapazes, sem pudor,
amago amargo, doce miséria,
fenecimento frugal, insolente;
Inócuo, com circunstancia perene,
pandego, suficientemente ausente,
sob controle, suscita esperança,
taciturno, proveniente tênue, amor...