Teorias da Comparabilidade e da Gravidade (Nilton José Vilela)
UMA NOVA VISÃO PARA A RELATIVIDADE 1
As leis de Newton - principio da inércia, proporcionalidade entre força e
aceleração, ação e reação, só são validas quando referidas a determinados observadores ou
referencia inercial. No entanto, na mecânica clássica, não distingue se referidas a vários
observadores inerciais, prevalece o principio da relatividade enunciado por Galileu.
Na física clássica, existem outros ramos como, por exemplo, a eletrodinâmica
(fenômenos elétricos e magnéticos), as equações de Maxwell, que não se enunciam
igualmente em todos os sistemas, a não ser que a velocidade da luz que aparece nas ditas
equações seja a mesma para todos os observadores.
James Clerk Maxwell, físico britânico, demonstrou que as forças magnéticas e
elétricas apresentam aspectos diferentes de um mesmo fenômeno, o eletromagnetismo.
Campos magnéticos e elétricos passam pelo espaço como ondas, com a velocidade da luz.
Defendeu que a luz é uma radiação eletromagnética.
Para que a luz seja a mesma se referida a vários observadores inerciais, teve-se
a idéia da existência de um meio através do qual, a mesma se desloque, com uma
velocidade c constante. Este meio material ficou conhecido pelo nome de éter. O éter
permeava todos os corpos celestes e, este não interferiria em nada no movimento dos
corpos.
Surge então a necessidade de se provar a existência do éter. Dois cientistas
americanos (Michelson e Morley) se empenharam nesse trabalho utilizando um aparelho
denominado interferômetro, que medira a velocidade da luz na direção perpendicular e
paralelamente ao movimento de translação da terra. Isto é: um raio de luz se divide em dois
num determinado ponto, seguindo em direções perpendiculares, refletem em espelhos
eqüidistantes do ponto, retornam e se reconstituem. Se o éter existe realmente, o mesmo
passando pela terra como se fosse um vento, faz o raio de luz sofrer variações na sua
velocidade no sentido a favor e contra o vento etéreo. De acordo com a cinemática, aparece
uma diferença de tempo no deslocamento dos dois raios de luz. Essa diferença não foi
percebida em diversas experiências realizadas ficando assim provado a inexistência do éter.
A velocidade da luz é a mesma em ambas as direções.
Hendrik Antoon Lorentz desenvolveu equações demonstrando que o
interferômetro de Michelson e Morley diminui no sentido do movimento da terra,
compensando assim a diferença de tempo. Mesmo assim a prova da existência do éter
permanecia em aberto.
Até então o problema continua. Surge em sena um físico alemão; Albert
Einstein. Este propõe dois postulados e fecha a questão.
1- As leis da física são as mesmas para todos os sistemas imaginários.
2- A velocidade da luz é a mesma para todos os observadores, independente de
seus referenciais e do movimento da fonte.
Fica solucionado o problema da mecânica e da eletrodinâmica. Unificação das
mesmas. Contudo, aparecem algumas conseqüências que são: A dilatação do tempo, a
contração do espaço (comprimento do corpo), aumento da massa do corpo, a energia
Teorias da comparabilidade e da gravidade
A natureza não se adapta a padrões fixos Página 14
desse corpo em repouso, é em função de sua massa e da velocidade da luz (E = mc²) etc.
Resumidamente, fica assim descrita a teoria da relatividade restrita. Restrita porque se
refere apenas a movimentos retilíneos uniformes.
A meu ver, o caminho para o desenlace é outro, o qual se verifica a partir de
agora.
Duvidas na relatividade restrita
Quando Alberto Michelson e Eduard Morley fizeram a experiência na tentativa
de provar a existência do éter, esta realização considerou a terra sendo um sistema em
movimento e a velocidade da luz mostrou ser constante no sentido do movimento de
translação da terra e contra o mesmo. Isso para um observador neste sistema que é a terra, é
verdadeiro, mas, com relação a um observador fora da terra, situado nas estrelas fixas, que
pode ser considerado um sistema inercial, será que a velocidade da luz é constante?
Einstein imaginou um vagão de um super trem com grande velocidade, uma
lanterna no piso do vagão e um espelho no teto. A luz que parte da lanterna sobe até o
espelho e reflete retomando até a fonte. Para um observador dentro do trem, o tempo de
deslocamento do raio de luz é a relação entre 2·h / c (h é a altura do vagão e c é a velocidade
da luz). Outro observador fixo na terra verá a luz deslocar na diagonal para cima e para
baixo, devido ao movimento relativo do trem. O tempo de deslocamento deste mesmo raio
de luz para o segundo observador é a relação entre 2·d / c (―d‖ diagonal). Como a diagonal
é maior que a altura, considerando que o valor da velocidade da luz é o mesmo para os dois
observadores, o tempo para o segundo observador é maior. Como pode o mesmo fenômeno
da luz ter duas velocidades? Pergunta reafirmando a Constancia da luz. Eu pergunto: Como
pode um mesmo intervalo de tempo ter duas medidas?
Para provar a tese da dilatação do tempo, Einstein propôs a não simultaneidade.
Se duas lanternas colocadas no interior do vagão, uma na traseira e outra na frente
acenderem simultaneamente; para o observador no centro do vagão verá a luz gerada pelas
lanternas ao mesmo tempo enquanto o outro observador situado na plataforma de
embarque, verá em tempos diferentes. Acho que ai está a chave para o engano e aceitação
da teoria da relatividade.
Imagine da seguinte maneira: Na plataforma de embarque, uma lanterna no
piso, no mesmo nível da lanterna situado no vagão. Um espelho no alto com a mesma altura
h do espelho colocado no trem. Passando pela plataforma, no instante em que as lanternas
coincidirem na mesma linha, os feixes de luz das duas lanternas (a do vagão e a da
plataforma) serão disparados. Simultaneamente os observadores verão seus raios de luzes
subirem e descerem, no mesmo intervalo de tempo. Os raios alheios serão vistos,
perfazendo um espaço físico maior na diagonal, neste mesmo intervalo de tempo. Isso
mostra a variação da velocidade da luz quando se trata de feixe de luz situado em outro
sistema, para dois fenômenos luminosos ocorridos simultaneamente em sistemas diferentes.
Pensando assim, como a velocidade c é igual ao espaço percorrido dividido
pelo tempo, as idéias de velocidade constante da luz e da não simultaneidade são falsas,
conseqüentemente a relatividade restrita também.