Melodísia #089: FAZENDO CUSCUZ
Logo de manhã, já bem cedinho,
Nas primeiras chuvas de verão,
Abre a cova, plantando o milho.
Começa mais uma plantação.
Se planta arroz, trigo e feijão,
Grande colheita da plantação.
Basta plantar e Deus garante,
Quanta fartura! Satisfação.
Limpa a roça, o milho vai crescendo,
Logo emboneca, depois se colhe,
Enche o celeiro de mantimento.
Oh que fartura, colhe e recolhe.
Quanta abastança! Grande colheita.
O que se planta, na certa colhe.
Se o bem ou mal alguém for plantando,
O que se planta, na certa colhe.
O milho verde vai pra panela
Ou para a brasa, não tem igual.
Já o maduro ou seco, quanta iguaria!
Pamonha, canjica ou até curau.
Se alguém não planta, nada se colhe.
Plante e replante o bem, não o mal.
Tem mesa farta, grande abundância!
Celeiro cheio, não tem igual.
Mas o mais seco, molho ao pernoite,
Moi e peneira, manjar produz,
Já bem cozido, sai fumegante.
Na mesa posta, serve o cuscuz.
De energia, fonte, quente servido,
Uma delícia, fazer cuscuz.
De qualquer jeito, com ou sem mistura,
Uma delícia, comer cuscuz.
(Melodia a caminho)