A mulher do metrô

Voltando do seu trabalho, onde é um simples funcionário de uma empresa de comunicações, Lenny passa pela padaria do seu bairro, compra seu jantar, e volta para casa. Solteiro, ele vive em um pequeno apartamento compacto, com apenas uma cama, uma escrivaninha velha de madeira com um laptop em cima, sua cozinha e um banheiro. Lenny janta e, como ainda é cedo, vai para seu laptop passar o tempo.

No dia seguinte, seguindo sua rotina matinal, ele toma o café da manha e sai de casa às 5 da manha para não arriscar chegar atrasado, já que usa o transporte público. No metrô, ele tem uma sensação estranha de que estava sendo vigiado, mas apenas ignora, julgando ser algo normal já que estava em meio a uma multidão, qualquer uma poderia estar o encarando. Se passa mais um dia comum de trabalho, ele vai para casa, faz o que tem que fazer, e vai dormir.

Dessa vez, no metrô, no meio de um monte de pessoas, ele vê uma mulher de cabelos pretos e longos o encarando, mas ela rapidamente some em meio a muvuca. Com isso ele começa a ficar preocupado.

Passam-se dias e nada de parecido acontece novamente, mas mesmo assim ele não tira isso da cabeça. Aquela mulher havia deixado uma marca na mente dele que ele não conseguia tirar. Ele chegou ao ponto de ficar paranoico no metrô, sempre de olho ao seu redor sem conseguir relaxar. Lenny falou sobre isso com alguns amigos mas todos disseram que ele estava sendo exagerado, e ele concordava, mas por algum motivo não conseguia ficar calmo quando ia ao metrô.

Então finalmente chega o dia em que acontece o que ele temia, ele está esperando seu metrô bem na beira dos trilhos, como sempre uma multidão em volta, e ,de repente, ele sente uma mão em seu ombro, ele se vira e vê que é a mulher que tem o “assombrado”. Com o susto dessa situação ele simplesmente recua rapidamente, mas como ele estava na borda plataforma acima do trilho, ele simplesmente pisa no ar e começa a cair. Enquanto ele cai, a cena vai acontecendo em câmera lenta pela perspectiva dele, e ele tem uma visão clara da mulher, que está com uma expressão de espanto. Ela estava com uma jaqueta na mão, que ele reconheceu como a jaqueta que ele havia perdido em um bar recentemente.

Ela estava lá para simplesmente devolvê-la, todas as vezes que se sentiu vigiado foi por causa do caos da estação que não a deixava chegar até ele, e agora tudo que ele conseguia raciocinar era o som do metrô chegando, cada vez mais alto, metal raspando em metal.

galowillian
Enviado por galowillian em 26/11/2018
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